Um acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Tecnologia do Paraná e a Estação Experimental da Universidade de Parma (Itália) é um dos primeiros resultados do II Simpósio Ítalo-Brasileiro sobre Tecnologia de Alimentos, que começou ontem em Curitiba e segue até amanhã. Uma missão brasileira deve levar 20 empresas brasileiras de três setores (carnes, frutas tropicais e laticínios) a Parma no mês de maio.
O evento, que foi promovido pelo governo do Estado do Paraná, Embaixada da Itália, Instituto Italiano para o Comércio Exterior e Paraná Agroindustrial, contou com a participação do vice-ministro das Relações Exteriores da Itália, Mario Baccini. Segundo ele, este encontro marca o início de uma nova fase no setor de agronegócios para o Brasil e para a Itália. Baccini espera a concretização de joint ventures entre as empresas italianas e brasileiras e acordos de cooperação técnica entre as universidades dos dois países. “Este evento tem dois interesses, o econômico e o político, já que a Itália está pleiteando ser a agência européia de alimentação”, diz. Conquistando a posição, a Itália vai elaborar e controlar a qualidade do que entra e sai da União Européia.
A primeira parceria, entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Estação Experimental da Universidade de Parma (Itália) será um observatório internacional no Estado para o controle e a certificação da segurança higiênica e da qualidade dos alimentos produzidos no País. “Isso vai garantir a ampliação do comércio de produtos brasileiros em outros mercados”, afirmou o secretário do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Miguel Salomão.
Na avaliação do Cônsul da Itália em Curitiba, Mário Trampetti, o Paraná está mais avançado em termos de qualidade, se comparado aos demais estados brasileiros. “Ele conta com a experiência de entidades como o Cefet e a Universidade Federal do Paraná, o que confere uma base sólida para receber a tecnologia italiana”. Trampetti ressalta que, nesta relação, o Paraná pode oferecer produtos de alta qualidade, enquanto que a Itália pode entrar com experiência, qualidade e tecnologia.
Fonte: Gazeta do Paraná (por Priscila Bueno), adaptado por Equipe BeefPoint