MS deve registrar geada no inverno
20 de janeiro de 2022
MG atinge meta de cobertura vacinal contra febre aftosa
20 de janeiro de 2022

Paraná volta a pedir apoio do governo federal por perdas com a seca

O governo do Paraná reforçou ontem (18/1) o pedido para que o Ministério da Agricultura tome medidas para minimizar as perdas dos agricultores do Estado com a estiagem. Em ofício encaminhado à ministra Tereza Cristina, os paranaenses pedem ações sobre o crédito e o seguro rural, além da distribuição de sementes para os que não têm condições de adquirir e produzir nova safra.

Até o momento, o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná calcula uma redução de 39% na produção de soja no Estado, com prejuízo estimado em R$ 23 bilhões. No caso do milho, a quebra prevista é de 36%, com perdas em torno de R$ 2,2 bilhões. No caso do feijão, a diminuição da colheita deve ser de 30%, com prejuízos de R$ 361,7 milhões.

No caso do crédito rural, a proposta é criar uma linha emergencial para financiar o custeio a produtores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) que fizeram comunicação de perdas no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou que acionaram seguro agrícola para culturas de batata, feijão, milho, soja, entre outras.

Também há o pedido de auxílio emergencial a produtores que utilizaram recursos próprios e não o crédito rural, para que possam liquidar compromissos como duplicatas rurais e Cédulas do Produtor Rural (CPR).

O governo paranaense sugere ainda que as cooperativas que financiaram o custeio dos cooperados tenham uma linha de crédito, além de abertura de outra para giro de longo prazo (cinco anos) com juros pré-fixados e subsidiados, o que permitiria aos produtores quitar os débitos de curto prazo. O governo do Paraná argumenta que, com essas medidas, os produtores poderão fazer a colheita e liberar as áreas para o plantio da safrinha. “Será determinante para ajudar a restabelecer o equilíbrio da oferta de produção e o econômico não obtidos na primeira safra”, diz o ofício.

O documento também sugere redução de 45 para 15 dias do prazo para análise e julgamento do pedido de cobertura do seguro, contado a partir do recebimento do relatório que comprova as perdas.

O ofício, assinado pelo secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, foi resultado de trabalho conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e entidades representativas, como o Sistema Ocepar, Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná (Fetaep).

Fonte: Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.