O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, assinou, nesta quarta-feira (7), acordo de cooperação com a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para tornar ágil o desenvolvimento de programas e soluções para o agronegócio brasileiro. Com esse acordo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve assumir o papel de auditoria privada no sistema de rastreamento do gado.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, assinou, nesta quarta-feira (7), acordo de cooperação com a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para tornar ágil o desenvolvimento de programas e soluções para o agronegócio brasileiro. A Plataforma de Governança Aplicada à Agricultura e Pecuária vai promover a melhoria de sistemas de controle e monitoramento vinculados ao setor, por meio de tecnologia específica.
Um exemplo é a operacionalização de uma base de dados para o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). “Essa parceria público-privada é de extrema importância e vai acelerar os trabalhos nas áreas de inspeção e rastreabilidade, com o desenvolvimento de softwares”, comentou Stephanes.
Há um ano, esse projeto vem sendo discutido entre o Mapa e a CNA. Um dos objetivos é dar garantias aos mercados importadores dos produtos agrícolas brasileiros sobre o controle da situação sanitária no País e o comprometimento dos produtores rurais no aperfeiçoamento dos sistemas de controle. “É importante mostrar ao mundo que estamos integrados”, opinou a presidente da confederação, Kátia Abreu.
Com esse acordo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve assumir o papel de auditoria privada no sistema de rastreamento do gado. Para isso, a CNA e o Ministério da Agricultura investirão R$ 12 milhões para desenvolver sistemas de tecnologia, baseado na Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica.
“O Ministério da Agricultura passa a dividir com a CNA o Sisbov e isso dará mais eficiência ao sistema. A função principal é a de atestar a qualidade da carne que será exportada”, considerou a senadora Katia Abreu, presidente da CNA. Após assinar o acordo, Stephanes comentou que o ponto crucial da parceria é o de levar a agilidade do setor privado ao trabalho que, desenvolvido pelo governo, torna-se mais lento. “O que muda é apenas a questão operacional”, disse.
O ministro ressaltou que o acordo também poderá incrementar as vendas para mercados mais exigentes, como o da União Europeia. “As exportações para o bloco estão crescendo. Houve um incremento da ordem de 50% tanto em volume quanto em valor das vendas do terceiro trimestre do ano em relação ao segundo”, pontuou. “E devemos ver um crescimento forte também do terceiro para o quarto trimestre”, previu. De acordo com ele, o plano operacional do sistema será conhecido possivelmente já na semana que vem.
Com o acordo, a CNA terá acesso ao banco de dados das criações nas propriedades, que dividirá com o governo. “Vamos acompanhar desde o nascimento do animal até o consumo da picanha, do contrafilé”, exemplificou o vice-presidente da CNA e presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior. Ele salientou também que um retorno importante desse investimento será quando grandes compradores estrangeiros passarem a optar pelo produto doméstico por conta da evolução do sistema de rastreamento. “Quando a União Europeia vier ao Brasil auditar o trabalho do Ministério e das propriedades privadas, teremos a chancela de um comprador exigente”, disse. Para o consumidor, tanta tecnologia, no entanto, pode se transformar em encarecimento do produto. “Temos que contar com essa hipótese”, admitiu Kátia Abreu.
As informações são do Mapa e da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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concordo e acho que estão agindo com a razão, porém discordo com o atual preço de bois rastreados e bois não rastreado, é uma vergonha passar uma ideia ao produtor e depois ele arca com os custos e os frigotificos com o lucro, ou será que a ue baixou o preço pago pelo filé, por ex. olha senadora se a classe não unir e acabar com tanta demagogia em relação ao produto que produz, será muito dificil manter o pecuarista produzindo carne neste pais, pelo menos na minha região a cana esta tomando conta e vai invadir todas as regiões pois a pecuaria não dá o custo. então do que adianta tecnologia e senão supre a necessidade financeira, ninguem quer saber de rastrear, gastar e não ter retorno. estou no sisbov trabalhando com produtores desde de seu inicio, ja vi burocracia e mais burocracia,e ninguem solucionar a grande alavanca do sisbov que é o diferencial de preços para ue, pq é sabido do preço pago por eles e o preço pago pela russia, ai a industria leva tdu. o produtor não tem acesso a estes preços para saber quanto saiu seu boi. ai sim esta o grande entrave do sisbov, e outra o mapa fala em rastreamento sem a menor condição de oferecer mão de obra, no mt tem fazenda a um ano e meio esperando auditoria é uma vergonha. pense nisto senadora e não só em dar tecnologia ao sisbov, tem certificadoras ai que estão passando maus bocados por terem dado atenção ao mapa, e não estão cumprindo seus compromissos.
Senadora
Estavamos precisando de uma liderança com pragmatismo e honestidade que a senhora vem demonstrando , alem de grande conhecimento sobre os problemas no ambito rural , para nos representar junto a esse des-governo que quer estimular a bagunça no campo , trazendo muita insegurança para nós continuarmos a produzir .
Vejo o rastreamento de forma positiva , só que não pode ser algo, muito dispendioso e nem complicado , porque tem muita fazenda que não tem condições financeiras e culturais de faze-lo . Seria importante encontrar uma forma de ajudá-los transformando o Brasil num fornecedor confiavel para os consumidores brasileiros e estrangeiros .
É necessario buscar algo que seja viavel de ser cumprido e tirar os burocratas-intelectuais do ar condicionado desse assunto pois eles não entendem desse ramo .
Realmente temos que mudar e dar agilidade ao processo diminuindo a burocracia dando praticidade as normas e solução aos problemas, aumentando a consistencia dos dados e também a credibilidade do sistema. não vejo razão para fazermos arquivamento de toda a documentação em tres locais diferentes, escritório matriz e regional da certificadora e na fazenda, penso que com a fiscalização em 100% do processo devemos concentrar as documentações apenas na propriedade, sendo que a certificadora faz a vistoria e certifica o estabelecimento e o orgão competente audita e fiscaliza todo o processo e autoriza a inclusão nas listas oficiais de exportação.
O acordo de cooperação com a CNA pode sim trazer mais agilidade e eficiencia na coordenação do programa brasileiro de rastreabilidade bovina. E com isto benecifiar a toda a cadeia produtiva e os consumidores finais.
Mas é muito importante definirem logo como será feita a transição sob risco de explodirmos o modelo atual antes da efetiva implantação do novo modelo.
Quanto mais claro e rápido definirmos o papel de cada um mais rápida e eficiente será a transição.
Não podemos esquecer que o novo SISBOV, lançado em 2006, foi justamente uma tentativa de resgatar o velho SISBOV. E muita da frustação atual, na minha opinião, não foi decorrente da norma em si e sim de sua implantação.
Att,
O acordo MAPA/CNA é de suma importância para agilizar o processo. No entanto não devemos esquecer de envolver as Certificadoras, pois as mesmas tem um papel fundamental na preparação das propriedades ERAS para serem auditadas pelos serviços oficiais do MAPA e das Secretarias Estaduais.
Tudo isso pela necessidade de agilizar a burocracia que existem neste sistemas e aumentar a liquidez de vendas para o mercado exterior, escondendo, as reais dificuldades dos produtores, atrás das novas divisões de funções administrativas, desenvolvendo de softwares bem com a falta de acompanhamente e cumplicidades das Certificadoras que, teoricamente, teriam a responsabilidade e compromentimento com o produtor. Por isso que pergunto…Para que tantas novidades se o maiores interessados, no caso o pecuarista, não tem acesso e assistência técnica devidamente correta?
Prezados Senhores
Gostaria de fazer um breve comentário a respeito do que o Sr Claudio Nader escreveu. Acredito que o mesmo não tenha entendido o conceito de CERTIFICAÇÃO. Infelizmente o protocolo SISBOV acabou sendo fomentado pelas Certificadoras e as mesmas acabaram por se tornar as responsáveis por todas as etapas do processo, isto é, da Implantação á Certificação. Isso foi muito questionado e o conceito está sendo modificado ao passar dos dias. A COORDENAÇÃO do SISBOV alcançou e avançou muito sobre essa questão e novas mudanças devem ser bem analisadas e discutidas. Tecnologia nunca é demais, e concordo como sempre concordei em muitas coisas com o Sr José Ricardo que faz parte desde o início do processo SISBOV: temos que ter muito cuidado em tentar resgatar novamente esse NOVO SISBOV que apenas de ter apenas 3 anos é considerado velho e inapropriado.
O que a CNA fez com relacao a ano passado os frigorificos pagarem R$20,00 a mais na @ rastreada e esse ano pagarem de R$1,00 a R$3,00.
Isso e o mesmo que receber por um produto pagar outro para produzir e ficar com TODO O LUCRO e ainda estimulando o produtor a permanecer levando prejuizo para benefeciar este atravesador. Isto e um desrespeito, resolvam isto e o resto se ajusta.
Acho que as vezes estes entermediarios beneficiam os que dizem representar os produtores e estes ficam fazendo teatro com problemas que nao existem para tirar o foco do real problema ^Instutuicoes que querem lucro MILHOES mensais nas costas dos outros^. Pensem em ganhar menos ou ate mesmo em evoluir em tecnologia, estrutura, E PRINCIPALMENTE ^pagando menos aos EXECUTIVOS e aos LOBISTAS^ ai sim voces conseguiram ter os produtores fornecendo a mercadoria a qual move o LUCRO ou a FALENCIA dos senhores.
Penso que a parceria público/privado é muito importante para a operacionalização do SISBOV uma vez que o setor público sozinho não tem qualificação e agilidade para tal.
O rastreamento é uma exigência de mercado, por isso o mesmo tem que ser instituido para que a nossa carne seja mais pontuada do que já é.
Não restam dúvidas que para a operacionalização do SISBOV temos de reduzir custos, receber novas tecnologias, receber mais pela carne, fiscalizar e ser fiscalizado, entre outros. Entretanto, o sistema tem de ser introduzido e creditado ao MAPA/CNA, e aos poucos vamos alcançando os nossos propósitos que hoje nos deixam angustiados e sem expectativas.