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Parcerias pecuárias – IV

Finalmente vamos entrar nas parcerias de terminação de animais para o abate.

Muitos confinamentos, hoje em dia, estão preferindo trocar as parcerias pelo sistema de BOITEL, onde o proprietário do rebanho apto a entrar em confinamento paga ao confinador uma diária pela permanência dos animais no confinamento.

O sistema BOITEL possui várias modalidades de contrato, sendo o mais usual fixar o valor por cabeça confinada por dia.

Dependendo da qualidade dos animais e de seu estado corporal, pode-se estabelecer no contrato de BOITEL o valor da diária dependendo do ganho de peso dos animais. Este tipo de contrato é mais sofisticado e deve ter acompanhamento de técnicos especializados.

A parceria em confinamento também é muito usual, onde o PARCEIRO PROPRIETÁRIO dá ao PARCEIRO CRIADOR, agora denominado PARCEIRO CONFINADOR, animais em estágio de terminação, para serem acabados em confinamento para o abate.

Estas parcerias têm o prazo curto, geralmente de 2 a 4 meses, tempo suficiente para a engorda e terminação, colocando os animais em condições de abate.

O PARCEIRO PROPRIETÁRIO dá em parceria ao PARCEIRO CONFINADOR animais prontos para engorda, que são fechados em curral, sem água, ao final da tarde de um dia, para serem pesados no inicio da manhã do dia seguinte.

Dependendo da distância entre a propriedade do PARCEIRO PROPRIETÁRIO e o confinamento, os animais podem ser carregados para pesagem no curral do confinamento.

Quando esta distância ultrapassar 500 km, os animais são descarregados, colocados nos currais de confinamento por 2 a 3 dias para descansar da viagem e depois pesados, sempre observando o tempo de curral de aproximadamente 12 horas.

O tempo de curral é utilizado para que os animais percam todo e qualquer peso determinado pelas fezes e urina, já que estes não fazem parte do peso do animal.

O frete dos animais até o confinamento é de responsabilidade do PARCEIRO PROPRIETÁRIO, que abre uma inscrição estadual no confinamento, utilizando o contrato de parceria, para enviar os animais com GTA (guia de transito animal) e nota de simples remessa.

Estando os animais confinados prontos para o abate, são levados para o frigorífico. Geralmente o contato com o frigorífico é feito pelos parceiros em conjunto, pois no contrato deverá estar estipulado como será eleita a empresa onde os animais serão abatidos.

Primeiramente as parcerias eram conduzidas de modo que o ganho no confinamento deveria ser partido entre os parceiros, na proporção de 50,0% para cada um.

Com o passar do tempo, as mudanças conjunturais levaram a uma mudança nas formas de partir o lucro deste tipo de parceria.

Hoje em dia, muitas parcerias estão sendo contratadas, para que o PARCEIRO CONFINADOR fique com o que o boi engordou durante o confinamento, enquanto o PARCEIRO PROPRIETÁRIO ganha a valorização da @ na entressafra e com a liberação de seus pastos durante a seca, acarretando na possibilidade de aumento do suporte das pastagens nas águas.

Como nas demais parcerias, os parceiros devem sempre estar cientes de que a parceria duradoura só ocorre quando ambos estão ganhando.

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