Os engenheiros agrônomos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) apresentaram ontem (23) uma nova alternativa de alimentação para bovinos, a pastagem missioneira gigante (Axonopus catarinensis Valls). A vegetação gramínea pode solucionar os problemas com a queda de peso dos animais verificada no outono e inverno.
Cerca de 100 produtores rurais do sul do Estado acompanharam a tarde de campo em São Pedro, interior de Urussanga. A apresentação da nova pastagem foi o destaque do II Encontro sobre Produção de Novilho Precoce, promovido pela Epagri/Estação Experimental de Urussanga.
A pastagem missioneira gigante é uma espécie originária do cruzamento natural entre a grama missioneira comum (Axonopus jesuiticus) e o gramão (Axonopus scoparius), ocorrido no Alto Vale do Itajaí, adaptada às condições climáticas do litoral catarinense. De acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri, Cleyton Pereira, os resultados obtidos foram excelentes, tanto técnica como economicamente, o que torna a produção sustentável para as pequenas propriedades na produção do novilho precoce.
A avaliação do rendimento animal, realizada com novilhos de seis a oito meses até 18 a 20 meses de idade, revelou que o peso médio final, após um ano de pastagem, atingiu em média 410 a 430 quilos, “com um ganho médio diário por animal de 750 gramas e uma lotação final de 4,9 animais por hectare”, como explicou o engenheiro agrônomo da Epagri, Jorge Dufloth.
Na primavera e no verão, é possível obter 11 toneladas/hectare em média, enquanto, no outono e no inverno, essa média cai para sete toneladas por hectare.
Fonte: Diário Catarinense, adaptado por Equipe BeefPoint