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Paulo C. Bastos: que tal trocar não pode por como pode?

Não existem soluções mágicas para o desenvolvimento. Escapar ao círculo vicioso do "não pode" e gerar o circulo virtuoso do "como pode" é a chave para liberar o potencial desenvolvimentista da sociedade brasileira. Assim, é preciso preservar e produzir. Ao mesmo tempo em que é necessário preservar a floresta em pé é fundamental produzir alimentos, celulose, fibras e biocombustíveis para o país viver e, também, vender para crescer. Para isso precisamos de um programa decisivo, eficiente, eficaz e permanente de extensão rural e tecnológica para levar para respirar o puro ar da zona rural os diversos estudos já existentes e empoeirados nas estantes, prateleiras e computadores das instituições de pesquisa e ensino brasileiras.

O leitor do BeefPoint Paulo Cesar Bastos, engenheiro civil e produtor rural, de Feira de Santana/BA, enviou um comentário ao artigo “Avatar ambiental “. Abaixo leia a carta na íntegra.

“O Brasil já foi dito o país da construção interrompida, não poderemos ser o da oportunidade perdida. Essa chamada crise internacional decorreu da especulação, nada a haver com a produção. A nossa hora é, justamente, agora.

O nosso grande desafio brasileiro é garantir padrões e índices crescentes de desenvolvimento de modo moderno, inovador e sustentável, isto é: economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. A sustentabilidade não é utopia, ela é possível com ações lógicas, éticas e pragmáticas induzidas por uma gestão pública eficiente e uma ativa participação da sociedade.

Não existem soluções mágicas para o desenvolvimento. Escapar ao círculo vicioso do “não pode” e gerar o circulo virtuoso do “como pode” é a chave para liberar o potencial desenvolvimentista da sociedade brasileira. O país que queremos e precisamos é o que compete para vencer e não apenas para participar. A nossa meta olímpica é, também, a medalha do progresso.

Assim, é preciso preservar e produzir. Ao mesmo tempo em que é necessário preservar a floresta em pé é fundamental produzir alimentos, celulose, fibras e biocombustíveis para o país viver e, também, vender para crescer. Um caminho para a solução, uma vereda para a salvação, está na integração lavoura-pecuária-silvicultura. Compreender, também, que o semiárido brasileiro não é problema, mas, sim, uma das soluções.

Para isso precisamos de um programa decisivo, eficiente, eficaz e permanente de extensão rural e tecnológica para levar para respirar o puro ar da zona rural os diversos estudos já existentes e empoeirados nas estantes, prateleiras e computadores das instituições de pesquisa e ensino brasileiras. Ciência, tecnologia e inovação a serviço da produção para benefício do cidadão.

Continuar a estimular a pesquisa (P), mas, sobretudo acionar o desenvolvimento (D). Induzir a capacitação, cooperação, comunicação, compromisso e confiança (5C). Vale, assim, o estabelecimento e/ou fortalecimento de um Programa Nacional de Recuperação das Pastagens Degradadas, aumentando o suporte e conseqüentemente a produtividade. Conseguiremos produzir mais nas mesmas áreas já utilizadas, minimizando e tendendo a zerar o desmatamento.

Para isso, deve ser levado em conta que o Brasil é um país-continente e o programa deveria ser adequado aos diversos climas, culturas, níveis e portes das atividades produtivas, aliado a um crédito com taxas e prazos compatíveis com o segmento rural. Agronomia mais economia, geografia e sociologia. Colocar no contexto o que já estabeleceram no texto.

Não poderemos nunca sobreviver com uma estagnação inconseqüente. Vamos avançar. Participar e inovar é preciso.”

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