O atual cenário de dificuldades no mercado causado pelos preços baixos para a arroba do boi gordo é um assunto do interesse de todo pecuarista, independentemente do porte. Deve ser, sempre, comentado e debatido.
O atual cenário de dificuldades no mercado causado pelos preços baixos para a arroba do boi gordo é um assunto do interesse de todo pecuarista, independentemente do porte. Deve ser, sempre, comentado e debatido.
Todos os produtores têm, não só o direito, mas, também, o dever de expressar a sua opinião e contribuir, dessa forma, para o pleno exercício da cidadania. Ainda que corram o risco do engano, a maior parte dos que se manifestam estão mais próximos da certeza.
Estamos vivendo uma nova realidade, a era do conhecimento, da informação, enfim o tempo da competitividade global e da revisão dos conceitos. Inovar é preciso.
É importante refletir que a tão falada competitividade tanto pode significar ganhar mais, como, também, sair do ramo de negócio pela falta do ganho. A competitividade não é um modismo, veio para ficar. Quem não entender esse fenômeno, certamente, desaparecerá do mercado.
Como, para a maioria esmagadora de todos nós, a atividade rural, além de negócio, também é uma paixão, ninguém vai querer apagar essa chama.
Assim, é preciso que seja tecida uma rede de conscientização, debatendo e mostrando as condições atuais do setor, para que todos conheçam os problemas e, a partir daí, com o intercâmbio das idéias, surjam os caminhos e as soluções. Capacitação, cooperação, comunicação, compromisso e confiança são as ferramentas para construir uma nova estrada para a boiada.
É fundamental repensar o setor, revendo os conceitos, equacionando as divergências, enfim, estabelecendo uma articulação pragmática entre todos os integrantes da cadeia produtiva para o estabelecimento de uma política moderna do ganha-ganha voltada para uma modernização e eficiência produtiva, rompendo os bloqueios burocráticos e das análises equivocadas em relação ao agronegócio da carne bovina.
A recuperação do setor não poderá vir das ações isoladas e solitárias, tornam-se necessárias e fundamentais as atitudes de cooperação.
O contexto atual determina que o Estado, ao deixar de ser intervencionista, passe a ser mais participativo. Somente com a união dos esforços da atividade privada com os poderes públicos, federal, estaduais e municipais, é que surgirá a tônica para vencermos o desafio da viabilização de uma atividade tão importante para o desenvolvimento sócio-econômico sustentável do País.
Finalizando, aquele antigo bordão de passeata deve também ser revisto: a luta não só continua, ela deve ser contínua.
É isso aí.
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Paulo Cesar Bastos pondera que a competitividade não é um modismo, veio para ficar. Quem não entender esse fenômeno, certamente desaparecerá do mercado.
Não há como contestar tais afirmações, no seu bojo deve estar à flexibilidade tecnológica em função do mercado, na flexibilidade produtiva sem ocasionar super oferta, suprir a demanda econômica, produzir com qualidade natural a pasto, usar tecnologias de custo zero, acreditar no sistema protelado, no confinamento de manejo, na reciclagem dos nutrientes, na melhoria dos atributos físicos e biológicos dos sistemas extensivos, estabelecendo ecossistema rural, segundo os domínios ecológicos brasileiros – tornar a atividade competitiva.
Mas, a pecuária para sobreviver encontra vários óbices, pela força da foice e do martelo, impondo pesadas multas, ao não considerar o sistema produtivo na definição das reservas florestais, não considerar o mercado na definição dos índices de produtividade.
Joga o frigorífico contra o pecuarista e o varejista contra o frigorífico, com ações autocráticas, no intento de desarticular a produção de carne. Nesse tom onde e quando vai acontecer o estouro da boiada.
Inovar nesse ambiente se pela ordem quem ganha mais é o governo, através da alta tributação, seguindo o varejista.
Rever conceito em que base, se o governo esta rindo quando se intensifica a produção e a produção suplanta a demanda.
A luta continua, mas esta prestes a terminar e aposto que o ultimo suspiro será dado aos que adotam o sistema preponderante a pasto, os outros somente servem para atender o almejo do governo.
a rentabilidade da pecuaria e muito baixo considerando todos os valores investidos no negocio,o custo de produsao e alto,formasao e recuperasao de pastagens,estalasoes,genetica,carga tributaria impresionante,no qual sobrevive o pecurista porque tem um padrao de vida muito simples,acredito que so poderemos melhorar a rentabilidade com uniao e uma pecuaria muito profisional.
“Os grande avanços não ocorrem porque mudamos a maneira de fazer as coisas, mas porque mudamos a forma de pensar sobre aquilo que fazemos”(Jim Collins)
O comentário do Paulo César Bastos é muito oportuno.Nesta conjuntura se faz necessário que a atividade rural se generalise como empresa rural, onde o planejamento seja a ferramenta indispensável no dia a dia, que as ações sejam acompanhadas em projetos.Se temos objetivos, temos missão e estratégias. Acredito que independente do porte ou experiencia, todos querem ganhar . Então é muito importante um planejamento interligado.Um cenário bem planejado é promissor e assim sendo existem elementos favóraveis.Infelizmente nem todos conhecem essa preciosa ferramenta.
Os governantes sabem da grande importancia do Agronegócio para o País, aliás o que seria do PIB! mas, muitos do ramo não conhecem a força que tem, quem produz.
Antes de conhecer o que faço preciso saber quem sou, como sou e porque sou.
Vamos em frente, a luta é nossa!.
Prezados Celso Gaudencio-Jeferson Correa-Genolia Soares
Importante a manifestação de vocês.Vem ao encontro do espírito do artigo de solicitar a participação para compartilhar opiniões.Ninguem constrói nada sozinho.
Três opiniões, três importantes regiões de criação.As soluções brasileiras não podem ser genéricas.Não habitamos um simples país, na verdade vivemos em um continente.
Vamos continuar avançando.Participar , inovar e cooperar é preciso.
Saudações sertanejas
PAULO CESAR BASTOS
A pecuaria brasileira tem tudo para se tornar muito forte no cenario mundial , acredito que pecuaristas e frigorificos tendem a firmar parcerias no acabamento dos animais
Prezado Luis Fiori Ruocco
A nossa hora é agora.A tão falada ,discutida e comentada crise internacional do momento foi financeira e de especulação e não por motivos ligados à produção.
Crise é um intervalo entre o problema e solução.Nós poderemos ter a solução desde que se compreenda de que tudo passa , tudo passará.Para isso, precisamos inovar e rever os conceitos do agronegócio da pecuária do Brasil.
Valeu a sua participação.
Saudações
Paulo Cesar Bastos