Mercado futuro do boi gordo – 14-03-2012
15 de março de 2012
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15 de março de 2012

Pecuária do Rio Grande do Sul: o futuro se define agora

Por José Luiz Martins Costa Kessler, Conselheiro Técnico da Associação Rural de Pelotas/RS.

 

O atual cenário da pecuária do Rio Grande do Sul com bons preços para todas as categorias do estoque bovino oportuniza a reflexão sobre o passado recente e expectativas de futuro. Momento ideal para celebrarmos conquistas e nos prepararmos para uma nova realidade.

Foi a partir do segundo semestre de 2006, após dois anos seguidos de recordes no abate de fêmeas que a pecuária do Rio Grande do Sul começou sua recuperação impulsionada pelo incremento da demanda em função da redução da oferta e do aumento das exportações de carne e, inclusive, do início das exportações de gado vivo. Este momento fica exemplarmente demonstrado pelo crescimento do preço do terneiro que passou da média de R$ 1,65 por kg em 2006 para R$ 2,50 em 2007. Uma valorização de 51,5% em um ano nesta categoria, que implicou na modificação na relação de troca que baixou de 3,2 para 2,6 terneiros por boi gordo.

A partir de então, percebeu-se a volta dos investimentos na atividade, fator que assegurou uma estabilização da população bovina do Estado em números próximos a 13,5 milhões de cabeças (87% para produção de carne) e, também trouxe ótimos resultados decorrentes da adoção de novas tecnologias.

Observou-se uma grande evolução na padronização do gado obtida através da utilização intensa de melhor genética das raças de origem britânica, especialmente da raça Angus e das sintéticas Brangus e Braford. Este melhor padrão genético aliado à melhor nível nutricional promovido pela integração lavoura-pecuária determinou, em primeiro momento, redução na idade de abate e na idade das fêmeas ao primeiro parto. Como consequência, pressionou-se a fase de cria que respondeu com ganhos nos índices de prenhez e na taxa de desmame, apesar das flutuações oriundas das frequentes estiagens abaixo do paralelo 30°, região que concentra o maior percentual das pastagens nativas do Rio Grande do Sul e, que são predominantemente destinados à produção de terneiros.

Esses ganhos de eficiência são motivo de justa celebração, mas devemos voltar ao trabalho e prepararmo-nos para novos tempos. Vivemos a época da velocidade, da instantaneidade, das frequentes modificações nos cenários econômicos em um mundo cada dia mais global e mais complexo. Esta evolução tem dificultado nossa capacidade para interpretar e entender as flutuações do mercado da carne e os efeitos de inúmeras variáveis incidentes na rentabilidade do processo de produção.

Há consenso que a população do mundo cresce e que aumentam as concentrações urbanas, que bilhões de pessoas ascendem à classe média e geram imenso aumento de demanda de alimentos, em um planeta que já explora grande parte de seus recursos naturais.

O Brasil desfruta de condição reconhecidamente privilegiada para liderar o atendimento deste grande desafio de segurança alimentar da humanidade, mas, como se portará a produção da carne bovina no Rio Grande do Sul?

O Estado, por suas particularidades ambientais e culturais, distingue-se do restante do país em muitos aspectos da produção pecuária. Aqui já não se dispõe de grandes extensões para criação de gado e ainda assiste-se redução paulatina de seus campos naturais substituídos em boa parte por produção agrícola e florestal. Estas alterações na paisagem ocasionadas pela intensificação dos processos da produção rural impactam em outros aspectos da atividade pecuária. A bovinocultura perde escala pela redução da área, enfrenta à elevação dos custos fixos pela valorização da terra e dos custos variáveis pela atualização tecnológica. Com esta realidade criou-se um enorme desafio para a etapa primordial do processo produtivo que é a fase da cria e, em decorrência disto, para os demais segmentos que terão que pagar mais por sua matéria prima. Quem produzirá o terneiro que necessitamos? Como ofertaremos mais terneiros por área, ocupando solos mais limitados e elevados aumentos nos custos de produção?

Para responder estas questões neste cenário de transição, momento que temos bons preços e visualizamos grandes perspectivas no aumento do consumo, mas, em contrapartida, constatamos grandes ameaças nos custos crescentes e concorrência de atividades mais rentáveis, vislumbram-se algumas oportunidades geradas na particularidade do ambiente de nossa produção bovina produzida à base de pasto.

Podemos evoluir muito com a especialização na produção de carne de altíssima qualidade através do melhoramento contínuo das características do nosso rebanho e com a conquista de mercados exigentes, e que se dispõe a pagar muito por este produto, tão especial e tão apreciado.

Para alcançar estes objetivos temos que, primeiramente, melhorar nossa organização através da promoção ao associativismo e formação de alianças. Necessitamos buscar a aproximação com a indústria, com o varejo e com o consumidor. Assim, estabeleceremos condições básicas para a continuidade desta atividade que amamos e para a qual somos tradicionalmente vocacionados.

Pense nisso. O futuro se define agora.

Pelotas, 14 de março de 2012.

Eng. Agr. José Luiz Martins Costa Kessler, Conselheiro Técnico da Associação Rural de Pelotas/RS.

 

23 Comments

  1. Tiago Luís Pretto disse:

    Parabéns ao Eng. Kessler pela percepção global sobre a cadeia da carne bovina no RS!

    Para quem, como nós, viu ventres prenhes sendo abatidos aos milhares entre 2005 e 2006, realmente o cenário atual se mostra bastante favorável.

    Com sua permissão, acrescentaria apenas um comentário que urge das pesquisas que temos realizado no Núcleo de Inovação e Competitividade (NIC) da UFSM, acerca da competitividade da indústria frigorífica gaúcha: é necessário que o segmento profissionalize a gestão das empreas de modo que os fatores internos possam ser potencializados pelo momento vivido pelo segmento. Desta forma, poderemos aproveitar melhor as sinergias geradas entre os ambientes interno e setorial. No ambiente institucional, ao que me parece, os ventos começam soprar a favor.

  2. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Boa tarde Tiago,
    Obrigado por seu incentivo e sugestão. É uma grande alegria poder interagir através do Beefpoint com tão importante grupo da Universidade Federal de Santa Maria. Sinta-se à vontade para discutir e ou acrescentar pontos não relacionados. Este é o propósito, gerar debate sobre o futuro deste setor tão caro ao RS. Abraço, José Luiz.

  3. Gabriel Fernandes disse:

    José Luiz,
    Parabéns pelo artigo e pela bela intrevista na data de ontem no Canal Rural.
    Nosso setor precisa é de lideranças como você, para unirmos forças em busca de um mesmo ideal.
    Grande abraço,
    Gabriel Fernandes

  4. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado amigo Gabriel,
    Obrigado por suas muito generosas palavras. Concordo plenamente com a necessidade de união para, com inteligência, construirmos saudável futuro para a bovinocultura de nosso Estado. Forte abraço e parabéns pelo exemplar trabalho realizado pela Estância Santa Maria.

  5. Ronaldo Zechlisnki de Oliveira disse:

    Caro Zé Luiz,Parabéns pela repercussão do artigo.Que venha mais material desta natureza.
    Grande Abraço.
    Ronaldo

    • José Luiz Martins Costa Kessler disse:

      Amigo Ronaldo,
      Agradeço seu comentário e fico feliz que tenhas apreciado. Como importante liderança do município de Rio Grande sua opinião repercute e nos motiva.O Beefpoint abre o espaço e oportuniza a repercussão que referes. Obrigado e forte abraço.
      José Luiz Kessler

  6. Clovis T.Gonçalves da Silva disse:

    José Luiz ,
    Parabéns pelo belo artigo , infelizmente são poucos Profissionais que tem a oportunidade e a facilidade de se espressar numa linguagem simples que os Produtores entendam e façam a sua avaliação como produtores de um proteína nobre e que ainda hoje falta uma melhor remuneração .
    Grande abraço ,
    Clovis T.Gonçalves da Silva
    Cabanha Santa Nélia – Angus e Crioulos .
    Jaguarão – RS.

  7. Nelson Bennemann disse:

    José Luiz:
    Parabéns pelo seu excelente artigo e por sua oportuna manifestação. Permito-me comentar: Sim, a pecuária de corte vem se recuperando- graças aos melhores preços praticados – efeito direto da redução do rebanho e da oferta. Os baixos preços eliminaram as matrizes e isso causou, no passado, um enorme prejuízo e desestímulo à produção e a todos os pecuaristas. Sim, temos que nos (re)organizar para poder orientar a produção no futuro. O pecuarista gaúcho precisa receber e cumprir orientação mercadológica, juntando-a a sua já comprovada competência produtiva e genética aplicada ao rebanho. Precisamos não repetir o mau passado e para isso – profissionalmente e efetivamente organizados – sob o comando de lideranças como Você e outros novos valores, teremos que planejar estratégicamente o nosso futuro. Temos campos excelentes, raças de carne de primeira grandeza e sabemos produzir bem, mas para sobreviver ou crescer precisamos, também, ter rentabilidade.
    Abraço Campeiro,
    nelson bennemann – fzda jeribá – Cachoeira do Sul/RS

  8. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado amigo Clóvis,
    Obrigado por suas atenciosas palavras. Forte abraço, José Luiz.

  9. Anibal de Moraes disse:

    Gostei muito desta tua descrição perfeita do cenário da pecuária gaúcha. Concordo que o pecuarista deva refletir sobre novos tempos se ainda quiser se manter na atividade. Infelizmente falta muito para que a cultura do individualismo seja substituida pelo associativismo e o pecuarista possa usufruir dos benefícios como o fazem os agricultores em suas cadeias produtivas. Um belo exemplo de teu último parágrafo, vem ganhando força aqui no Paraná, que é a criação de minicadeias de carne no formato de cooperativas, onde todos os elos desta cadeia recebem uma melhor bonificação pelo seu produto, desde que este esteja dentro de um padrão de qualidade definido pelos parceiros. Assim, todos ganham e, nós consumidores, podemos ter a segurança de comprar de olhos fechados uma carne segura e de grande qualidade.
    Inicialmente o primeiro grupo que tomou esta iniciativa surgiu em Guarapuava, tornando-se a cooperativa Cooperaliança. Depois em Campo Mourão surgiu a Cooperativa Maria Macia e outros 7 grupos em diferentes regiões trilharam o mesmo caminho de sucesso. No MS em São Gabriel do Oeste, está se formando um outro grupo que veio ao PR para copiar este modelo. Entendo que, ao utilizar das melhores alternativas tecnológicas para a pecuária (como a inserção da pecuária junto a agricultura – ILP ), o produtor passa a dispor de um produto diferenciado no mercado e, sózinho jamais vai conseguir este reconhecimento e a justa valorização de seu produto. No PR surgiu a solução que pode ser copiada também no RS. Também sou gaúcho e embora esteja a quase 30 anos aqui na UFPR continuo torcendo pelo progresso dos meus pagos, onde espero passar meus derradeiros dias apreciando lindos campos vedejantes com uma novilhada gorda e de pelo reluzente esbanjando saúde e beleza. Abs e parabéns pela bela escrita.

  10. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Nelson Bennemann,
    Muito obrigado pelo incentivo, comentário e elogiosas palavras. Realmente acredito que teremos grandes desafios para enfrentar dentro e fora da porteira. Há cada vez menos gente no campo, menos espaços para a bovinocultura e mais exigências à ser atendidas. Planejamento estratégico é fundamental. O desafio é como fazê-lo num segmento desconcentrado e geograficamente disperso. Grande abraço, José Luiz Kessler

  11. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Estimado Aníbal,
    Que alegria receber contribuição ao texto de brilhante colega da Agronomia da UFRGS. Certamente esta cultura associativa que já estabeleceu-se no PR deverá ser adotada no RS. Algumas iniciativas como o programa “Juntos para Competir” organizado em parceria pelo sistema Farsul/Senar/Sebrae obtiveram bons resultados mas tem sofrido interrupções. Imagino que torna-se mais difícil organizar-se nos bons momento. Este é o grande desafio. As mudanças são velozes. A lavoura de soja já ocupou cerca de um milhão de hectares na metade sul, primordialmente sobre campos nativos antes destinados à cria bovina. Planejar o amanhã é urgência. Forte e saudoso abraço, J.L

  12. Renato Serena Fontaneli disse:

    Caro José L. Kessler:
    – parabéns pela bela abordagem. A abordagem da bovinocultura na integração lavoura-pecuária será cada vez mais frequente e, corroborando com o ilustre prof. Anibal, a organização de todos os elos da cadeia é uma necessidade presente e de consolidação da atividade.
    Abraço,
    Renato Fontaneli
    Embrapa Trigo/ UPF

  13. CHARLES VINCENT BERTHIER BRASIL disse:

    Prezado José Luiz,
    Muito bem colocado o tema.
    O futuro se define agora, no presente. E o espaço entre o presente e o futuro está cada vez menor.
    Este cenário de transição tende a se tornar constante. E a pecuária, comparada a um navio de grande porte não pode, como fazem as pequenas embarcações, desviar-se das ondas esgrimadamente para navegar. Deve ter um rumo.
    Esta constante, hoje início de uma realidade, nos reserva fatores ponderáveis e imponderáveis. Dominados os ponderáveis o efeito dos outros será abrandado.
    Cada propriedade uma situação. Vocações, facilidades e dificuldades próprias. Mas o rumo deve ser o mesmo. Produzir com viabilidade econômica.
    A redução de espaço exigirá uma readequação tanto na esfera produtiva como conjuntural.
    Falando da nossa zona sul, imagino que haverá uma redução na exploração da invernada como ciclo exploratório único, substituída pela cria de perfil invernador.
    Isto significaria expandir o gado de cria em campos nativos bem manejados para até 80/85% da área útil de pecuária na propriedade, mantendo nesta área apenas vacas em cria e fêmeas novas de reposição.
    Complementarmente, concentrar investimentos num “Setor 2”, 15 a 20% da área útil, a ser beneficiada com tecnologia de ponta, implantação, manutenção e manejo de forrageiras comprovadas sobre solos com correção e adubação pesada e, se possível irrigação para eliminar este imponderável.
    Este “Setor 2” seria um “ASPIRADOR DE PÓ”. Sugaria machos e parte das fêmeas no desmame para abate entre 12 e 14 meses. Acolheria as vacas de descarte para um apronte com velocidade, entre 60 e 120 dias e, suplementarmente, invernar animais adquiridos, aprontando-os com boa velocidade numa exploração onde o spread não vai importar muito por ser um aproveitamento residual.
    É um pensamento simples como a própria essência da pecuária.
    Pode ser um caminho como tantos outros possam haver.
    Parabéns pelo artigo e forte abraço….Charles
    Pedras Altas/RS

  14. CHARLES VINCENT BERTHIER BRASIL disse:

    Ótimo comentário
    A pecuária do RS tem que passar a ter rentabilidade sedutora.
    Tecnologia e mecanismos existem, e ela responde a ações ordenadas.
    A classe produtora e agentes da cadeia, se unidos em bloco, agora com o auxílio da ferramenta conectividade, tem plenas condições de gerar e defender a estratégia
    que a leve a uma posição de destaque.
    Potencialidade temos. Dificuldades? Muitas. Mas se não enfrentadas agora, levarão à sua diminuição inexorável.
    A redução do espaço físico decorre simplesmente de uma concorrência de rentabilidades exploratórias.
    Melhorada a rentabilidade da pecuária como um todo aqui no estado, e isto não é nem um bicho de sete cabeças pelas nossas condições, material humano, etc.etc, inobstante a redução territorial que se alinha, poderemos reverter o quadro no sentido do aumento no volume das produções e pujança, consolidando esta atividade ao nível de sua devida importância.
    O prezado amigo tem o perfil dos que poderão estar na locomotiva deste trem. E conte com a ajuda de todos.
    Forte abraço……Charles

  15. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Estimado Renato Fontaneli,

    Muito obrigado por sua apreciação. A participação de pesquisadores renomados como você será fundamental na definição dos rumos da produção da carne bovina em nosso Estado. Abraço, José Luiz Kessler

  16. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Estimado amigo Charles,
    Salvo o excesso do elogio, que por amizade, concluíste teu segundo comentário, entendo como muito oportunas tuas colocações e a interessante correlação que fizeste com a navegação. O modelo que sugeres poderá ser bem sucedido em muitas situações. Porém, vejo a necessidade de mirarmos o RS como se fosse uma única fazenda. Gostaria que nossas lideranças antes de definir ações pontuais como rastreabilidade obrigatória, traçassem a estratégia para garantir nossa competitividade. Temos que saber mais sobre esta fazenda, melhorar a coleta de dados e os serviços estatísticos para auxiliar o plano de ações. Precisamos saber quanto, onde e como estamos produzindo. Atualmente temos grandes lacunas. Não sabemos com exatidão nem quantas cabeças são desmamadas nem quantas são abatidas. Em um processo que, obrigatoriamente, passará por forte intensificação estas questões não podem ficar em aberto. Muito obrigado e parabéns pela valiosa contribuição ao debate. Forte abraço, JL

  17. Jamir Luís Silva da Silva disse:

    Caro José Luiz,

    Gostaria de te parabenizar pela tua percepção da pecuária gaúcha, pela clareza com que abordas o tema e principalmente pela importância que foi dada no texto à integração lavoura-pecuária, estratégia tecnológica de grande importância à produção sustentável de carne, leite, lã, madeira, grãos e frutas no país. No nosso estado, na nossa região a integração lavaoura-pecuária, além de ser uma saída à sustentabilidade dos sistemas de produção, em algumas situações é a única para aumentar a rentabilidade de pecuaristas e lavoureiros e para recuperar os solos tão degradados em sua fertilidade e composição orgânica.
    Os animais nesses modelos tecnológicos de produção integrada e diversificada são fundamentais aos sistemas.
    A tua análise coloca o tema de forma clara, não esperaria outra forma de conduzir esse assunto. O campo precisa de pessoas com a tua visão sistêmica do ambiente.
    O artigo está muito bem elaborado e esse assunto merece ser tratado com profundidade e conhecimento.

    Grande abraço e parabéns pela excelente contribuição

    Jamir Silva

  18. osvaldo chibiaque de lima disse:

    Parabéns Dr.José Luiz,vc demonstra com sabedoria e conhecimento, os fatos e suas
    evoluções diante do tempo.sem dúvida os desafios são grandes,porém é necessario
    acreditar sempre nas iniciativas do homem do campo,aguerrido,inteligente,gauchada
    que não se entrega.Que venham mais desafios que o RS enfrentara.

  19. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Meu estimado Dr. Jamir,
    Muito obrigado por seu atencioso comentário. Fico muito feliz que você tenha gostado. Ter minha provocação ao debate aprovada por especialista em agricultura forrageira e sistemas pastoris integrados, muito me orgulha. Espero que os colegas que abrilhantam essa matéria voltem ao tema. A comunidade pecuária conectada pelo Beefpoint aguarda. Nosso Estado é importante produtor de carne e o espaço está aberto para continuarmos. Forte abraço, José Luiz

  20. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Prezado Osvaldo,

    Muito obrigado por seu comentário. Abraço, José Luiz

  21. Claudi Nery Martins! Estâcia Cinco Salsos disse:

    Amigo José Luiz
    Realmente teu artgo está muito claro e informativo sobre algo que irá nos atingir logo alí. A base da produção de carne é o terneiro e sua criação exige áreas para ser uma atividade rentável. Se formos praticar cria de forma intensiva nossos custos irão para as alturas e ai o salário Dilma terá que ter 50% de aumento e não uns míseros 14%, para mantermos nossos consumidores no mercado interno. Mas creio que se pudermos intervir em uma polémica muito atual, qual seja a definição do novo Código Florestal, poderemos, talvez, fazer de um limão, uma limonada. As áreas de reserva legal (20% do total da propriedade) podem e devem ser exploradas com pecuária de baixo impácto tais como a cria onde, conforme estudo Embrapa Bagé, devem ser respeitados 0.56 UA por hectare/ano, o que caracterizaria uma atividade com sustentabilidade e qualidade na formação dos animais alí criados. Sem um sobre pastoreio, as espécies nativas endêmicas e o equilibrio da fauna e flora natural teria boa chance de ser preservado ao passo que a renda do pecuarísta não seria avltada. Este assunto já foi debatido na Câmara Técnica de Agroindustria na Fepam, da qual prticipei em 2003 , e foi considerado viável seu desenvolvimento. Lastima que os governos mudam e as iniciativas se perdem nessas mudanças. Grande abraça .

  22. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Estimado Cláudio,
    A utilização da área de Reserva Legal poderá servir, no bioma Pampa, como uma alternativa para produção de terneiros e, espero que possa ser contemplada. Particularmente, entendo que uma lei criada para ordenar a utilização de florestas não devesse ser a lei que regulasse distintos ecossistemas porém, sabemos, que já não é uma discussão técnica. Quanto ao desafio de rentabilidade da cria creio ser tarefa para ser enfrentada com o envolvimento ordenado de todos os atores do setor. Tarefa árdua e urgente. Obrigado pela contribuição. Forte abraço, José Luiz.