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Pecuária: mais carne em área menor

Nos últimos anos, a pecuária brasileira mostrou que pode ser muito eficiente e que tem condições de aumentar a produtividade sem precisar abrir novas áreas de pastagem, sendo possível crescer sem derrubar nenhuma árvore. Basta aumentar aumentar a tecnologia empregada no campo, melhorando a capacidade de suporte das pastagens e utilizando genética melhoradora.

Emprego de técnicas simples, como adubação de pasto e análise de solo, ajudam a elevar a produtividade da boiada

Nos últimos anos, a pecuária brasileira mostrou que pode ser muito eficiente e que tem condições de aumentar a produtividade sem precisar abrir novas áreas de pastagem, sendo possível crescer sem derrubar nenhuma árvore. Basta aumentar aumentar a tecnologia empregada no campo, melhorando a capacidade de suporte das pastagens e utilizando genética melhoradora.

A idade média de abate no País é alta, em torno de três anos. Mas em fazendas que adotam tecnologias como adubação de pastagem e correção do solo é possível abater o animal com 2 anos.

Em São Paulo, um estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA) mostra que a redução da área de pastagem não afetou a produção de gado. Conforme o estudo, em 1970 o Estado tinha 11,9 milhões de hectares de pasto e o rebanho contava cerca de 8 milhões de cabeças. Em 2004/2005, a área de pastagem caiu para 10 milhões de hectares, enquanto o rebanho subiu para 14 milhões de cabeças.

“A produtividade da pastagem cresceu 187% neste período no Estado”, analisa o pesquisador José Sidnei Gonçalves, do IEA. Ele acredita que à medida que a cana for tomando espaço de pastagem, a pecuária terá de se especializar, produzindo mais, em menos área, “o que já ocorre em São Paulo e ocorrerá no País”.

Desmatamento

Ainda conforme Gonçalves, a idéia de que a pecuária é a grande vilã do desmatamento é equivocada. “Em São Paulo, a área de vegetação nativa cresceu 70 mil hectares em 10 anos e está em 3,4 milhões hectares. Isso mostra que não estamos desmatando”, diz.

Na Fazenda Terra Boa, em Guararapes (SP), a preocupação com sustentabilidade é uma herança de família. “Desde os tempos de meu pai levamos a sério os conceitos de sustentabilidade, do bem-estar dos empregados e o conservacionismo”, diz o pecuarista José Luiz Niemeyer dos Santos. “Há dois anos iniciamos um projeto de reflorestamento e plantamos 40 mil árvores/ano. E há dez anos fazemos recomposição de mata ciliar.”

Fonte: O Estado de São Paulo/Agrícola

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