Os pecuaristas do Norte do Paraná estão encontrando restrições de crédito nos bancos privados das regiões de Paranavaí, Umuarama e Maringá, para comprar gado de reposição. A constatação é do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Com a dificuldade de crédito, o preço do gado de reposição está estabilizado em R$ 350,00 a cabeça, enquanto o mercado de boi gordo começa a reagir com a chegada das chuvas e proximidade do período de entressafra. ”O pecuarista acha que o preço do bezerro está estabilizado em um nível alto, enquanto o preço do boi gordo ainda não alcançou o preço considerado ideal para o período, que seria de R$ 45,00 a arroba”, explicou o médico veterinário do Deral, Adélio Borges.
Borges confirmou que os negócios com gado de reposição estão com pouca liquidez e a oferta de animais para o abate também está baixa, o que é reflexo da falta de crédito.
A situação pode se reverter se ocorrer geada daqui para frente. O preço do gado de reposição pode até cair, enquanto o preço do boi gordo começou a subir. Ontem, o boi gordo foi comercializado a R$ 43,00 a arroba em Paranavaí. Só nos últimos 11 dias, o preço do boi gordo teve uma alta de 7,5%, disse o técnico do Deral.
Nesse patamar os frigoríficos começam a trabalhar com prejuízo porque conseguem transformar a arroba do boi gordo em carne, cujo retorno é de R$ 36,75 por arroba. O déficit é coberto com venda de subprodutos, informou um representante de frigorífico de Paranavaí.
Fonte: Folha de Londrina (por Vânia Casado), adaptado por Equipe BeefPoint