Pecuaristas gaúchos pedem incentivos e modernização para aumentar competitividade

Os pecuaristas gaúchos querem que o governo reorganize o sistema sanitário estadual. O processo inclui a informatização das inspetorias veterinárias e a unificação do controle da rastreabilidade. As reivindicações foram entregues ontem (18), ao governador Germano Rigotto, durante reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, na Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

“A modernização é necessária para aumentar a competitividade da nossa carne e buscar novos mercados”, salientou o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto.

Para o secretário da Agricultura, Odacir Klein, é preciso informatizar o sistema para qualificar o controle do trânsito de animais no Estado, em particular nas áreas de fronteiras. Os produtores ainda pediram uma maior atuação do governo na questão tributária, que hoje faz com que a carne do Centro-Oeste seja vendida no Rio Grande do Sul por preços inferiores.

Os pleitos fazem parte de um documento elaborado pela Farsul, Senar e Sebrae, e resultam de cinco seminários regionais.

O levantamento ainda aponta para a necessidade de combate ao abigeato e ao abate clandestino. Técnicos e produtores também defendem a participação efetiva do governo no processo de reativação de frigoríficos e cooperativas.

Rigotto disse que o governo está empenhado na reativação dos frigoríficos, como o Alegretense. “Precisamos buscar alternativas para viabilizar a reabertura e, para isso, contamos com o Banrisul, BRDE e Agência de Fomento”. Ele lamentou que enquanto no Rio Grande do Sul existe apenas um frigorífico que exporta carne, no Centro-Oeste do País estejam em atividade 40 estabelecimentos e 24 no Uruguai.

O governador revelou que determinou à Secretaria da Fazenda medidas de represália para evitar que a carne produzida no Centro-Oeste brasileiro entre no Estado numa competição desigual em termos tributários. “Temos algumas alternativas e, nos próximos dias, deveremos anunciar estas medidas”, assegurou.

Fonte: Jornal do Comércio/RS e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint