Pecuaristas investem em melhoramento genético no MT

O melhoramento genético dos rebanhos tem sido a maior preocupação dos pecuaristas que objetivam a precocidade do animal, seja ela sexual ou de ganho de peso. É neste contexto, e na ânsia de atingir ao mercado consumidor internacional, que a inseminação artificial vem ganhando espaço, destaque e importância nos últimos anos.

Em Mato Grosso atuam cerca de 10 empresas especializadas em melhoramento genético (Lagoa da Serra, ABS Pecplan, Alta VR, Nova Índia, Yakult, Sembra, Caiado Fraga, Genética Avançada, Tairana, Semenzoo, Gentec e ainda empresas regionais como Central Jangada e Central Primavera), que oferecem doses de sêmen e transferência de embriões de inúmeros reprodutores e matrizes de qualidade comprovada.

Na Lagoa da Serra, por exemplo, são comercializados sêmen de bovinos de corte, de leite, nacionais e importados.

Os preços das doses variam de acordo com o reprodutor escolhido. Em animais premiados, por exemplo, uma dose pode ser comercializada de R$ 30 a até R$ 1 mil. Mas alguns animais têm cotação de cerca de R$ 10 a dose.

O representante da Lagoa da Serra, Raul Sérgio Brenner, explica que, de acordo com a média nacional, uma fêmea precisa de cerca de uma dose e meia para assegurar a prenhez. “Hoje Mato Grosso insemina cerca de 5% a 7% das fêmeas, a mesma porcentagem registrada no Brasil”, aponta.

“Para a inseminação dar certo, ela necessita de um bom manejo (que envolve o ambiente, comida e estrutura), sêmen de qualidade e assistência técnica. No gargalo desta inovação genética está ainda a falta de mão-de-obra capacitada e um pouco de conscientização do pecuarista para as vantagens que a inseminação artificial traz para o rebanho”, explica Brenner.

Ainda segundo o representante da Lagoa da Serra, os melhores reprodutores de cada raça têm seu sêmen comercializado a preços acessíveis. “É possível extrair de um touro em uma única coleta até mil doses de sêmen, sendo assim, pode-se avaliar a oferta que este mercado disponibiliza aos pecuaristas”, justifica.

Fonte: Diário de Cuiabá (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint