A Acrimat, entidade que representa os pecuaristas de Mato Grosso, pediu nesta terça-feira (27) ao ministro Blairo Maggi que sejam analisadas amostras dos lotes de vacina contra a febre aftosa usados na última campanha de vacinação.
A entidade quer um levantamento sobre a esterilidade e a eficiência da vacina e uma avaliação da qualidade dos seus componentes.
“Temos um problema. Ele não é generalizado, mas precisamos saber onde está”, diz Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Acrimat.
O intuito, segundo Soares, é verificar se a indústria de vacina está fazendo uso “do produto mais adequado, do mais eficiente ou do mais barato”.
“É preciso verificar a composição química da vacina”. Existem exigências mínimas para a produção. “Qual é o padrão desse mínimo?”
“Nós, da indústria, estamos tranquilos sobre a produção, o controle e a qualidade da vacina”, afirma Emílio Salani, vice-presidente do Sindan, entidade que congrega as indústrias fabricantes da vacina contra a febre aftosa.
Sobre o pedido da Acrimat ao ministério, o representante do Sindan lembra: “Ele é importante porque poderemos responder oficialmente à questão”.
Soares, da Acrimat, destaca que é recomendado aos produtores que tenham todo o cuidado na higienização durante a vacinação. Segundo ele, esses cuidados podem melhorar a qualidade da carne.
Mesmo os pecuaristas que adotam as melhores práticas vêm obtendo resultados ruins quando se utilizam de determinadas vacinas.
Salani lembra que a indústria de vacina tem 100% de rastreabilidade do produto e que o governo tem 100% de controle.
“Estamos dispostos, no entanto, a sentar à mesa e discutir esse assunto com todo o setor”, diz ele.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.