Pecuaristas, veterinários, zootecnistas, técnicos e comerciantes do setor da pecuária estão discutindo, em Curitiba, como será feita a rastreabilidade do gado de corte no Paraná. O encontro de dois dias, que se encerra hoje, reuniu cerca de 500 profissionais interessados em como vão ocorrer os serviços de rastreabilidade e certificação de origem, que serão exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Mapa ainda não divulgou as regras de como deverão ser executados os serviços de rastreabilidade. Mas os profissionais devem se organizar desde já para sugerir como esse serviço pode ser feito, disse o diretor da Cooperativa de Médicos Veterinários do Paraná (Unimev), Wallaston Vianna. Ele disse que a cooperativa está aceitando o cadastramento de técnicos interessados em desempenhar esses serviços junto aos pecuaristas e frigoríficos espalhados pelo Interior.
Vianna defendeu que as pequenas e médias empresas da área de alimentos tornem rotineiro o sistema de certificação de qualidade em todas as fases da produção. ”Com isso estará agregando valor ao seu produto”, disse o profissional.
A Unimev estima que 80 mil pessoas no Paraná já comem carne inspecionada pelos profissionais da cooperativa. No ano passado foram treinados 220 médicos veterinários. Ele defende que a identificação dos animais seja feita através de brincos e também com uma numeração dos animais, para o serviço não ficar muito caro para o pecuarista.
O diretor do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec) e ex-secretário da Agricultura, Antonio Leonel Poloni, disse que o Fundepec vai fazer um amplo trabalho junto aos pecuaristas para conscientizá-los da necessidade de adotar a rastreabilidade como mecanismo de agregar valor à produção. Ele classificou o serviço como um conceito que precisa ser disseminado entre os pecuaristas, a exemplo do já foi feito com o conceito sobre a sanidade pecuária. ”Eles só vão se convencer que a rastreabilidade é necessária a partir do momento que o mercado exigir essa qualidade no produto que consome”, disse.
Fonte: Folha de Londrina (por Vânia Casado), adaptado por Equipe BeefPoint