Regulamentação de orgânicos deve aquecer mercado interno
24 de agosto de 2004
Como a uréia ou a proteína podem afetar a reprodução de fêmeas?
26 de agosto de 2004

Pecuaristas resistem a rastreabilidade

Obrigados pelo governo e pela atual situação do mercado mundial, os pecuaristas brasileiros avançam na rastreabilidade do rebanho, mas existem os que são contrários a isso. “Obrigados, todos correm atrás da rastreabilidade, mas convencidos de que é bom para os pecuaristas não estão, não”, afirma o pecuarista Eduardo Biagi. “A maioria, incluindo eu, acha que isso deveria ser opcional, pois a rastreabilidade é importante para o mercado externo”.

O pecuarista lembra que no País outros problemas preocupam os criadores, como falta de infra-estrutura (boas estradas e pontes) e a falta de classificação de carcaça animal. No entanto, entende que o Brasil não pode perder a oportunidade que surgiu.

“Hoje, o mundo pede segurança alimentar, com identificação individual para os animais”, afirma o diretor-comercial do Instituto Gênesis, de Londrina (PR), Rodrigo Rodrigues Alves. Ele destaca que, apesar de ser o líder de exportação de carne em volume, o Brasil não agrega valores. “Precisamos explorar a certificação do nosso produto”, resume.

Outro detalhe é que até 30 de dezembro de 2005, todo o território nacional terá de aderir à rastreabilidade, exceto uma área da região amazônica, que terá mais dois anos para isso. “Temos que fazer as tarefas de casa e cumprir as normas do Sisbov e não parar no meio do caminho”, defende Alves.

E deu outra referência, incluindo o valor agregado do produto: uma tonelada de carne do Brasil é vendida por US$ 2 mil, enquanto em outros países, como Austrália e Estados Unidos, é vendida por US$ 3.500. “A diferença pode ser superada, mas com um trabalho interno firme”, diz.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (por Brás Henrique), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Lissandro Stefanello Mioso disse:

    Acredito que o Sisbov tenha trazido dores de cabeça para o produtor brasileiro, mas daí a dizer que o Sisbov é só importante para o mercado externo soa como pouco caso para o consumidor brasileiro que certamente se tornará mais exigente, vejo o Sisbov como uma ferramenta no quesito de segurança alimentar.