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Pecuaristas têm que melhorar a qualidade da carne

O primeiro lugar em exportações de carne bovina não significa que o Brasil já tenha alcançado o patamar de qualidade e produtividade necessários para consolidar a posição no mercado internacional. Embora a pecuária brasileira seja competitiva pelas condições de criação e pela capacidade de produzir carne a baixo custo, aspectos como precocidade, qualidade da carcaça e tratamento industrial ainda precisam ser melhorados, avaliam os técnicos que atuam no setor.

A produção padronizada de carne é uma das principais metas a serem alcançadas pelos pecuaristas para melhorar o status do produto nacional. Para isso, os animais precisam ser abatidos com a mesma idade e peso, afirmou Alcides de Moura Torres, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria.

Alcides ressaltou que tais avanços só trarão os resultados desejados se houver, paralelamente, melhoria dos processos industriais nas etapas de processamento, principalmente o resfriamento, para que a carne não perca a qualidade obtida no criatório. “Esfriada muito rápido, por exemplo, a carne tem suas fibras encolhidas e endurece”.

Ele também destacou a necessidade de melhorar a apresentação, oferecendo ao consumidor carnes em embalagens mais práticas e atraentes.

O melhoramento genético do gado zebuíno é outro desafio. Aumentar a precocidade dos animais é a prioridade para produzir mais carne de qualidade e em menos tempo. Na opinião do consultor, a carne desejada pelo mercado deve ser macia, saborosa e, ao mesmo tempo, sem excesso de gordura. “O público compra o produto com os olhos, embora existam correntes que defendem uma carne mais gordurosa”.

Fonte: O Popular/GO (por Evandro Bittencourt), adaptado por Equipe BeefPoint

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