Após perder milhões de dólares em exportações em 2006 por causa dos focos de aftosa em bovinos em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a suinocultura quer pôr a defesa sanitária como prioridade na agenda do governo e do setor de carnes em 2007. ´A sanidade é a grande questão para a agropecuária´, diz o presidente-executivo da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Suínos (Abipecs), Pedro Camargo Neto.
Após perder milhões de dólares em exportações em 2006 por causa dos focos de aftosa em bovinos em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a suinocultura quer pôr a defesa sanitária como prioridade na agenda do governo e do setor de carnes em 2007. ´A sanidade é a grande questão para a agropecuária´, diz o presidente-executivo da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Suínos (Abipecs), Pedro Camargo Neto.
Ele estima que 100 mil toneladas de carne suína deixaram de ser exportadas em 2006. Tomando como base o preço médio da tonelada de carne in natura brasileira exportada em novembro, de US$ 2.049, o setor perdeu US$ 200 milhões.
Contabilizado o prejuízo, Camargo sugere pôr o debate sobre sanidade sobre o patamar da erradicação da aftosa. Em Santa Catarina, há 12 anos não há focos de aftosa e há 6 não se vacina o rebanho. É o melhor status sanitário do País.
Santa Catarina é o líder nacional na produção de suínos e foi o maior prejudicado pelo embargo imposto pela Rússia, principal comprador da carne suína brasileira. ´Estamos pagando os erros da pecuária bovina.´
Para não continuar pagando este preço, a Abipecs convocará os governos federal e estaduais e o setor privado a montarem um programa de erradicação. ´Este sempre foi o papel da cadeia do boi, mas desta vez será o dos suínos´, diz Camargo.
A erradicação poria as exportações brasileiras em outro patamar de preços, pois abriria mercados antes impensáveis, como Japão e Coréia do Sul, que não aceitam a vacinação. Camargo vê boas perspectivas para os suínos a partir do reconhecimento da OIE do status sanitário de Santa Catarina, que deve ocorrer em maio. ´Será um novo horizonte; 2007 será melhor que 2005 e 2008 melhor que 2007.´
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Concordo com o Sr Pedro de Camargo, realmente a sanidade é uma grande questão para a pecuária.
O que o pecuarista não está entendendo é o porque de tanta atenção para a rastreabilidade e nenhuma para a sanidade.
O plantel brasileiro pode estar todo rastreado, um único foco de aftosa, vai tudo pelo ralo.
O suinocultor está pagando pelo acerto das forças ocultas interessadas em denegrir a carne brasileira e não pelo erro da pecuária bovina.
Santa Catarina tem o status sanitário, porque tem um dos menores rebanhos do Brasil, se tivesse o
rebanho que tem o MS, jamais teria.
E quando a Abipecs for convocar os governos,estaduais e federal, que não esqueçam de convocar também a polícia federal, porque prá mim, isto é caso para polícia.
Ótima idéia, a pecuária brasileira tem que ser encarada como um todo, sem distinção da espécie criada, se o produtor, é grande médio ou pequeno.
Do ponto de vista de Defesa Sanitária, somos encarados como um só, pelos nossos compradores e enquanto não admitirmos isso, continuaremos dando murro em ponta de faca diante do mercado internacional!