Pedro Eduardo de Felício, professor e pesquisador em qualidade de carne iniciou uma discussão muito interessante no seu MyPoint aqui no BeefPoint sobre a necessidade de controle de abates clandestinos. O professor escreveu seu artigo baseado em uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico (de 19/07/2011) e adaptada pelo BeefPoint. O artigo foi bem recebido e teve diversos comentários. Esse artigo aqui é uma compilação das principais partes dos comentários e um convite a continuação desse debate.
Pedro Eduardo de Felício, professor e pesquisador em qualidade de carne iniciou uma discussão muito interessante no seu MyPoint aqui no BeefPoint sobre a necessidade de controle de abates clandestinos. O professor escreveu seu artigo baseado em uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico e adaptada aqui no BeefPoint no dia 19 de julho. O artigo foi bem recebido e teve diversos comentários.
A notícia informou que o governo federal iria intensificar o combate aos abates clandestinos de gado bovino no país e o professor comentou sobre pontos que o preocuparam “pela importância que o tema tem, seja em saúde pública, seja na economia do país e, também, nos aspectos ambientais.”
O primeiro ponto colocado pelo professor é que o plano do governo trata somente de abate clandestino de bovinos, deixando de lado as demais espécies “de açougue” que também são abatidas clandestinamente no país em “abatedouros sem nenhuma inspeção, fiscalização ou acompanhamento de autoridades sanitárias”.
Em segundo lugar, o professor comenta algumas ações propostas pelo governo. Como convênios entre o Ministério da Agricultura e Estados para melhorar a fiscalização do comércio de carne, uma nova medida para permitir a circulação de produtos da agricultura familiar em todo o país, não importando a cidade ou Estado de procedência (chamada de equivalência sanitária), e por último uma proposta para os produtos de exportação.
Os convênios já foram propostos e utilizados anteriormente, e a proposta é que o Ministério da Agricultura “passará a fazer convênios com Estados e municípios para tornar mais ampla e efetiva a fiscalização do comércio de carne em território nacional”.
Felício explica que estes convênios “raramente funcionaram na história da inspeção de carnes do país”. Foram propostos na década de 70, “mas os estados não os firmaram porque não queriam arcar com o ônus político e, tampouco, com os custos de criação de uma estrutura de fiscalização que não existia e como, provavelmente, ainda não existe na grande maioria dos estados brasileiros”.
Sobre a equivalência sanitária, o professor explica que é prevista por lei entre “matadouros exemplarmente construídos, administrados e fiscalizados por médicos veterinários preparados para a função” e “frigoríficos que funcionam sob as normas do SIF (Serviço de Inspeção Federal)”.
Porém, Felício comenta que “é dificílimo acreditar que existam matadouros rurais em condições de serem contemplados com a equivalência”, e questiona: “mas admitindo-se que eles existam, de que maneira a concessão da equivalência contribuiria para reduzir o abate e o comércio ilegal de carnes?”
O professor também explica que os matadouros legalizados são pouco procurados por quem vende animais sem controle sanitário (pequenos lotes, em áreas rurais geralmente), pois ao passar pela inspeção, uma grande parcela dos animais é recusada, e assim o vendedor passa a procurar matadouros clandestinos que abatem sem fiscalização.
O Prof. Dr. Roberto de Oliveira Roça (Unesp, Botucatu) considera a equivalência “um sistema de oficialização da clandestinidade, ou a tentativa de diminuir a clandestinidade fiscal, sem se preocupar com a segurança alimentar”. Roça comenta que em São Paulo são interditados abatedouros ilegais até hoje, e questiona: “são abatidos mais de 4000 frangos clandestinos em avícolas no comércio local. Vamos ter equivalência sanitária?” Nelson Raymundi Filho também diz que a equivalência sanitária não irá ajudar a combater os abates clandestinos.
Felício agrega ao comentário de Roça, contando um “fato histórico curioso”, e também interessante, sobre a federalização dos abates iniciada na década de 70. No início, o combate aos abatedouros clandestinos de aves foi deixado de lado, devido sua alta pulverização. No entanto, a pressão da indústria pela fiscalização levou à inclusão dos abates de aves na federalização, devido ao aumento do consumo. Assim “a avicultura foi o setor que atingiu os níveis mais altos de federalização dos abates, se não me falha a memória, com algo em torno de 90% dos frangos abatidos no país sob inspeção do SIF” comenta Felício.
A proposta sobre exportações cita que “os produtos para exportação continuarão a seguir normas fixadas exclusivamente pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF)”, “um tanto óbvio, mas enfim foi assim que construímos a reputação incontestável do país como exportador de carne” conclui o professor.
Elton H. Koroiva concorda sobre o SIF, dizendo que a “indústria habilitada à exportação apresenta um padrão de segurança muito superior às demais, pois ela deve atender a regras mais rigorosas impostas pelos mercados mais rentáveis.” Elton explica que nem todas as indústrias no Brasil apresentam o mesmo padrão de qualidade/segurança para exportação, mesmo estando sob o mesmo serviço de inspeção.
Ele diz que teve “a oportunidade de conhecer algumas indústrias com fluxo operacional excelente, com equipamentos modernos, com uma estrutura física muito bem conservada e uma mão de obra qualificada, por outro lado também conheci indústrias em situação lastimável e sem qualquer condição de produzir um produto seguro e de qualidade.” E levanta a questão: “o que faz com que ambas as indústrias possuam o registro no SIF?
Louis Pascal de Geer diz que “o SIF virou quase uma marca e é respeitado no mundo inteiro, menos pelo consumidor final aqui no País.”
Foi discutida também a divisão do sistema de inspeção em federal (SIF), estadual (SIE) e municipal (SIM). O professor Roça explica que a maior parte dos estabelecimentos sob serviço do SIE e SIM “não garantem a segurança do consumidor, principalmente os SIMs”.
Alex Bastos, que atua junto a frigoríficos na Bahia, acrescenta que no estado, o abate terceirizado é um fator crítico, quando açougueiros abatem animais em plantas frigoríficas e pagam pelo serviço. “Nossas indústrias em número de 30 para abate de bovinos, suínos, ovinos e caprinos, apenas uma não realiza a prestação de serviço de abate terceirizado, ou seja, se eu sou açougueiro e quero abater um único animal ou quantos sejam, levo até o frigorífico mais próximo e pago uma taxa de abate, que após a industrialização a carcaça e vísceras são devolvidas no meu mercado ou açougue, na maioria das vezes pelo transporte do próprio frigorífico”.
O couro baiano também está envolvido com clandestinidade segundo Alex. No estado não há cortumes suficientes para atender a quantidade animais abatidos, “como então o couro do abate clandestino sai do estado?”, pois é preciso tirar nota fiscal. “Aí que pode estar acontecendo uma negligência, pessoas autorizadas podem estar realizando algo incorreto e grosso modo, esquentando o couro clandestino para ele sair das fronteiras do Estado.”
A emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para matadouros não oficializados é outro fator crítico que acontece na Bahia e dificulta o combate ao abate clandestino.
Acrescentando ao comentário do Alex, Pedro de Felício sugere a leitura das recomendações do 1º Encontro Baiano sobre Abate e Comércio Ilegal de Carnes no site da Fundação Escola Superior do Ministério Público. O evento foi realizado em 17 de junho/11 em Salvador. O resumo das propostas pode ser acessado aqui.
O professor alerta também para os cuidados que o apelo artesanal influencia no consumo de carne ilegal. A “linguiça da roça” e o “lombo defumado no fumeiro de quintal” são citados como exemplo. “Essa visão é distorcida e perigosa, porque não há inspeção sanitária possível nesses ambientes.”
“Não há neles nem mesmo locais adequados para armazenamento de ingredientes como o nitrito que se confundido com o sal de cozinha pode causar mortes em crianças. Há muitos outros perigos, como a presença constante de esporos de clostridium botulinum nesses ambientes rurais, que produzem a mais letal das toxinas nas carnes processadas deixadas à temperatura de 30ºC. Num caso assim, até a carne de sol pode ser letal.”
A importância da saúde do consumidor brasileiro e da qualidade dos alimentos fornecidos no país foi reforçada por Felício, que deixa um pedido ao governo quanto ao combate de abates clandestinos: “vocês precisam aparecer com algo melhor do que isso que revelaram até agora ou acabarão dando uma chancela oficial aos clandestinos. Acho que não é isso que pretendem, ou é?”
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Acabei de voltar da Holanda onde se discute no momento um imposto proposto (vleestaks) que vai incidir sobre carne e seus derivados incluindo aves, leite e ovos.
Eu intende que a justificativa seria algo como quem polui paga, junto com a soma das pegadas de CO2 deixadas pela cadeia.
A tendencia no meu ver é uma demanda cada vez menor para carne bovina na Europa, mas é possivel driblar isto com produtos de primeirissimo qualidade tanto em maciez, sabor, facilidade de manuseio e durabilidade.
Os Frigorificos tem que se re-inventar e produzir produtos limpos em termos de CO2 e realmente saudavel para o consumidor final tanto lá fora como aqui dentro do Brasil.
Por isto considere um guarda chuva sanitaria e de segurança alimentar no seu mais amplo sentido fundamental e um investimento imprescendivel para quem se quer manter no mercado.
A regencia e diretrizes devem ficar por conta do SIF!
A história da Federalização foi um sonho mau resolvido! mas a ideia era boa.Agora com a história do SUASA vamos ver o que ocorre!
Prezado Prof.Pedro Felicio.
Infelismente vivemos no Brasil do Faz de Conta,Saude Publica não proporciona Voto.O Abate Clandestino é vergonhoso a conivencia dos agentes publicos é de mais.Não se resolve um problema criando-se outro maior, a produção da chamada Agricultura Familiar vai criar para o Brasil mais um empecilho para que os Produtos sejam Fiscalizados,estão brincando com Segurança Alimentar. A Bahia não é um bom exemplo, na minha cidade o Matadouro Municipal se encontra fechado ja quase 6 anos,Prefeitura nada faz,Secretaria de Agricultura do Estado tambem,Ministerio Publico também e ADAB nada faz tambem ,pois o problema é menos importante, e veja que estamos distante da Capital (Salvador) 72 Km,o abate Clandestina no Municipio de Santo Amaro -Ba ,atinge 99 % a unica instituição que vejo que funciona é sem duvida alguma o FRIGO MATO (Abate Clandestino S/A). Na verdade não se leva Saude Publica a serio e Segurança Alimentar são assuntos para as Academias, o Brasil preciasa mudar e mudar logo. Vamos continuar na luta,grande abraço como aluno a distancia e colega e que Deus tenha pena das populações sofridas que consomem alimentos sem inspeção.
Celso Ricardo – Gestor industrial frigorifico de bovinos, suínos e ovinos
Senhores, na prática funciona assim: temos orgãos fiscalizadores que são: Federal, estadual e municipal.
O problema maior esta direcionado aos orgãos de fiscalização municipal e estadual. Eu estive a pouco tempo no estado da Bahia, em um frigorifico como gestor industrial. O abate clandestino neste estado é maior que 70% dos abates realizados em todos os frigoríficos. É um absurdo o que acontece, açougueiros abates seus animais debaixo das árvores e levam a carne direto para o consumidor sem nenhum procedimento de boas práticas. A vigilância anda pelo meio dos açougueiros como se nada estivesse acontecendo. E tudo isso porque? Porque rola interesses pessoais de políticos, e sendo assim não ha uma preocupação com a saúde pública e sim em interesses próprios. Enquanto o estados não tiverem a competência para reverter esses procedimentos, vamos seguir vendo e presenciando absurdos, procedimentos nojentos no que se refere a procedimento com a carne, e nada, absolutamente nada vai acontecer com essas pessoas que comandam e organizam essas feiras livres.
Caro Miguel,
A discussão iniciada pelos profissionais e amigos altamente reconhecidos no setor é tão antiga quanto atual. A realidade ao longo dos anos tem sido pouca eficiência no controle por parte das autoridades competentes !
Temos novo Ministro da Agricultura que com certeza deve estar levando em consideração a importância da SDA e do DIPOA que, ao meu ver, são instituições fundamentais para que o tema em apreço caminhe para uma melhoria ainda que não venhamos a atingir um solução ideal. Temos que iniciar de algum ponto !
A grande questão que se discutiu estes dias na Anuga, em Colônia, foi exatamente o ponto central da questão. Quais serão os funcionários que o Ministro depositará confiança para que a credibilidade do MAPA perdidada seja na Rússia seja na União Européia seja reconquistada por meio de profissionais com experiência tecnica e política junto aos técnicos dos dois mercados de considerável importância para a cadeia produtiva de carnes e para o Brasil.
Eu, assim como muitos amigos e colegas do setor e do MAPA, temos um excelente nome para chefiar a SDA e que, pelo menos, junto à UE teríamos um caminho mais fácil a trilhar, com exceção dos temas relativos à 61 e a definição de Hilton Beef que, ao meu ver, pode ser vencido somente na OMC. Especialistas do setor acreditam também que o mesmo profissional seria um "quebra gelo" determinante para negociar com os russos !
Vamos torcer pelo bom senso do atual Ministro que depende dos assessores de confiança para obter resultados que todos nós desejamos.
À propósito de Valduga mencionado em comentário anterior em outra discussão, vale salientar que o Brasil brilhou novamente na Anuga com a participaçao do setor de proteínas, especialmente o estande da ABIEC, apoiado pela APEX. Para garantir este sucesso temos que diminuir a nossa vulnerabilidade na sanidade animal e o Professor Felício tem toda a razão ao denunciar os abates clandestinos. Parabéns Mestre !!!
Jogi Humberto Oshiai
Director for Public Affairs
FratiniVergano – European Lawyers
Rue de Haerne 42 – B-1040 Bruxelles
Tel: +32 2 648 21 61 – Fax: +32 2 646 02 70
j.oshiai@fratinivergano.eu –http://www.fratinivergano.eu
Meu amigo Humberto, os problemas estão longe demais da SDA e DIPOA, estão em feiras livres nas cidades, aonde quem tem que atuar diretamente são seus prefeitos. Isso é um problema de saúde pública e isso esta mais a cargo hoje dos defensores públicos. Não adianta estarmos passando esse tipo de problema para orgãos de Brasília, temos que ter sim, mas ficalização, direta combatendo ali de frente. Porque prefeitos estão envolvidos e ordens de transferencia para juízes e promotores que mexem com esse problema são dadas. Eu te digo isso porque vivo isso, sei aonde esta cada problema, mas infelizmente vejo os órgãos competentes fecharem os olhos.
Prezado Senhor Ferreira,
Agradeço o seu comentário e pondero que poucos no setor de agronegócios me conhecem como "Humberto", Acredito que seja o primeiro levando em consideração que a maioria é dividida entre "Jogi" e "Oshiai".
Tenho conhecimento do suas dificuldades diárias e reitero ser um problema de saúde animal e pública que não tem como ser resolvido de forma puntual e localizada. Não temos mais como esconder o sol com a peneira em função da dimensão do problema conhecido por todos do setor, inclusive pelas autoridades competentes. O Mestre Felício aborda o tema com conhecimento de causa e muita credibilidade seja no mundo acadêmico seja no setor privado !
O governo federal tem que combater os abates clandestinos de bovino no Brasil iniciando pelo tema regulatório para não deixar que produtores e exportadores profissionais e sérios continuem a ser prejudicados pelos "espertinhos" que causam um dano considerável a cadeia produtiva brasileira de carne bovina e em outros setores também.
Agradeceria continuar fazendo a sua parte – DENUNCIE AS IRREGULARIDADES SEMPRE !
Jogi Humberto Oshiai
Director for Public Affairs
FratiniVergano – European Lawyers
Rue de Haerne 42 – B-1040 Bruxelles
Tel: +32 2 648 21 61 – Fax: +32 2 646 02 70
j.oshiai@fratinivergano.eu –http://www.fratinivergano.eu
Parabéns pelas colocações prof. Pedro e prof. Roberto Roça. Quando assisti sua palestra prof. Pedro, há algumas semanas no simpósio de qualidade, fiquei pensando na coragem daquelas promotoras de justiça da Bahia ao defender e vestir a causa da clandestinidade nos abates dos animais.
Vale ressaltar que os aspectos são muito mais sérios do que imaginados, quando tratamos de assuntos como segurança alimentar, bem estar e sanidade animal, além de possíveis contaminações ambientais, dependendo de onde os animais são abatidos. No entanto, ainda são "gatos pingados" .que têm esta coragem…..A WSPA têm feito um trabalho muito interessante de combate ao abate clandestino, não só em bovinos, mas suínos, especialmente em SC. Mas precisamos de mais força.
Vamos aguardar os convênios com Estados e municípios para" tornar mais ampla e efetiva a fiscalização do comércio de carne em território nacional".
Afinal o consumidor brasileiro deve ter mesmo direito que àquele consumidor de carne americano ou europeu, ou não????
Cumprimento os Professores Pedro Felício e Roberto Roça pela abordagem esclarecedora deste importante tema.
Entendo que há uma carência espacial de plantas de abate no país. Restringindo-se apenas aos bovinos, são 2,7 milhões de estabelecimentos criatórios no Brasil, dos quais 2,1 milhões possuem menos do que 50 cabeças, segundo o Censo Agropecuário 2006.
Face ao elevado números de estabelecimentos pecuários, é comum que o frigorífico mais próximo encontre-se muito distante, especialmente para atender às necessidades de abate em pequena escala, geradas pela agricultura familiar. Esta situação impõe a necessidade de manter instalações de abate adicionais, representadas pelos matadouros municipais. Estes, por sua vez, geralmente funcionam precariamente e em sua grande maioria já foram desativados. Está aqui um ponto crítico importante para o desencadeamento do abate clandestino.
É impossível combatê-lo sem antes garantir uma adequada disponibilidade regional de instalações aptas ao abate. Assim, é fundamental que os municípios mantenham matadouros, mesmo que terceirizados, construídos e funcionando sob as normas do Serviço de Inspeção Federal.
Felício e Roça, satisfação em saber que ainda há quem não abondonou a luta.
Luta pela aplicação de Normas e regulamentos que diminuem as filas do SUS.
Diminuem face as toxi infecções alimentares por ingesta de produtos sem sanidade.
Diminue internações e óbitos por cistocercose, hidatidose,O. abôrto impotencia etc.
Acaba com o abigeato,e sonegação fiscal .
A aplicação das Leis remete ao direito constitucional garantindo ao cidadão alimento
sádio, sem risco à saude pública ou que possa levar à invalidez ou óbito.
Alimentos com qualidade e, que excedentes de produção sejam exportáveis.
Não pode se pensar nisso sem que o Govêrno assuma indelegabilidade de ações.
É norma Constitucional. Não se pode fazer de conta que se garante um alimento.
Não se pode discriminar o cidadão brasileiro, aplicando Normas diferentes para
atender os mercados, Nacional e Internacional.
Isto sucede na prática quando se delega a Inspeção aos Estados .
O produto animal para exportação é sadio e de boa qualidade tem SIF.
O do mercado interno tem o faz de conta SIs não sei que ou SUASA?!!!!!!!!.
Para começar a desatar o nó das Delegações dever-se-ia:
Auditar todos os convênios e repasses com anterioridade de dez anos.
Verbas repassadas inclusive de emendas parlamentares para aplicaçação:em :
-Sanidade animal, construção de Matadouros Municipais, laboratórios etc….
Rastrear o uso das verbas e se foram aplicadas na construção.
Cumprimento imediato da norma constitucional que,proibe a delegação ao Estados.
do direito do cidadão em receber alimento sadio e inspecionado
Delegar a Inspeção (SIF) é delegar o direito à saúde e a vida, Segurança Nacional.
Ronaldo Carvalho Santos – Médico Veterinário
Meu Jogi Oshiai,
Em princípio gostaria de parebenizar,por defender uma das instituições
mais sérias e respeitadas,mundialmente, mercê da qualidade de trabalho e perfil técnico da grande maioria don nossos profissionais do SIF.
Não seria anti- ético,mas até desejável que,se desse a conhecer ao pú
blico o nome do nosso profissiional apto a assumir a SDA.
Coisas boas não devem ficar no recôndito e escondidas. Vamos apreciar candidato,e
até propugnar ,se for o caso ,por sua investidura.
Os formadores de opinião podem e devem participar, com liberdade e
sem mêdo , indicando pessoas de alto gabarito. Que venham, o nome ou nomes.
Outrossim trabalhar a interface Técnopolitica, para harmonizar procedimentos de tomadas de decisão em conjunto.
Carta Aberta de Agradecimentos ao Dr. Inácio Afonso Kroetz
Por Pedro Eduardo de Felício (MyPoint Pro) e Jogi Humberto Oshiai
postado em 16/06/2010
3 comentários
Como é de seu conhecimento e de todos os profissionais do setor bem informados o último relatório da FAO (2009) menciona claramente que a população mundial continua crescendo a taxas além do racionalmente desejável, devendo atingir 9,2 bilhões de indivíduos em 2050. Graças ao desenvolvimento científico e tecnológico, aos investimentos privados e à atuação dos governos nacionais na implementação de políticas públicas adequadas, as grandes regiões do planeta têm conseguido multiplicar a produção de alimentos e melhorar a qualidade da alimentação humana com crescentes participações das proteínas de origem animal. O Brasil, pelos números expressivos de sua produção agropecuária, é um caso de considerável sucesso na produção de alimentos capaz de satisfazer sua enorme população, atualmente estimada em 193 milhões de pessoas, e, também, criar excedentes exportáveis que nos colocam nas primeiras posições do ranking mundial do mercado internacional. Por ter melhorado inclusive a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos no Brasil , desde 1980, o consumo per capta de leite cresceu 40% e o de carnes duplicou. As exportações brasileiras cresceram a ponto de atingirem as primeiras colocações no ranking mundial, mormente nos complexos soja e carnes e, também, em suco de laranja e café. O Brasil é atualmente o principal exportador de produtos do agronegócios para a União Européia.
Neste contexto, imbuído de elevado espírito público, conhecimento científico e sintonia com as necessidades da globalização e da internacionalização de empresas exportadoras brasileiras, Vossa Senhoria teve um papel relevante à frente da Secretaria de Defesa Agropecuária, nos últimos 3 anos, formulando e implementando políticas de defesa e inspeção sanitária, representando de maneira eficiente os interesses do Brasil junto aos organismos internacionais, participando ativamente de negociações com autoridades sanitárias de países importadores de nossos produtos agropecuários, especialmente as carnes, onde são grandes as barreiras de toda ordem e ainda mais acentuadas as exigências sanitárias.
Vossa Senhoria soube inclusive ultrapassar obstáculos criados internamente e bilateralmente em diversos terceiros mercados, especialmente no comunitário, com vistas a reconquistar, de maneira discreta e profissional, novamente a credibilidade dos serviços sanitários brasileiros junto à Comissão Européia que ao longo de sua chefia da SDA lhe foi dada inclusive a possibilidade de dialogar e negociar diretamente com os serviços comunitários sem ter que depender da ex-chefia da Missão do Brasil junto à UE.
Tenho conhecimento de que os seus amigos e colegas comunitários, assim como os da OIE e da FAO, lamentam a sua saída da SDA/MAPA por terem todos em Vossa Senhoria a certeza de que as garantias oferecidas pela sua Secretaria tinham o endosso do profissional, integro e correto, Dr. Inácio Afonso Kroetz, ex Secretário da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricutura, Pecuária e Abastecimento.
Por estas e outras razões, Prof. Dr. Pedro Eduardo de Felício (UNICAMP) e eu enviamos nossas saudações de despedida e demonstramos nosso respeito com sinceros agradecimentos, que acreditamos estar fazendo em nome de significativas parcelas do meio empresarial e do setor público, inclusive o acadêmico, e votos de sucesso e felicidades em seus novos empreendimentos, mas, principalmente, na sua vida pessoal e familiar, que com certeza foram sacrificadas nestes últimos três anos em função da sua dedicação exclusiva ao governo brasileiro.
Cordialmente,
Jogi Humberto Oshiai
Diretor para o Comércio da América Latina junto à UE
O’Connor and Company
Bruxelas – Bélgica
Saiba mais sobre os autores desse conteúdo:
Pedro Eduardo de Felício Campinas – São Paulo
Pesquisa/ensino
Jogi Humberto Oshiai Overijse – Flandres – Bélgica
Consultoria/extensão
Prezado Ronaldo,
Agradeço o seu comentário e informo que acabei de inserir cópia de carta que o Professor Pedro Felício e eu escrevemos a quatro mãos para agradecer os excelentes serviços prestados ao MAPA pelo pelo profissional do seu Estado, Dr. Inácio Kroetz, que poderia novamente ocupar a mesma função, especialmente por ter conhecimento técnico, experiência e credibilidade junto às autoridades competentes da União Européia e de países terceiros (e.g. – Rússia).
Cordialmente,
Jogi Humberto Oshiai
Director for Public Affairs
FratiniVergano – European Lawyers
Rue de Haerne 42 – B-1040 Bruxelles
Tel: +32 2 648 21 61 – Fax: +32 2 646 02 70
j.oshiai@fratinivergano.eu –http://www.fratinivergano.eu
Presado Jogi,
Assim devem agir os formadores de opinião.
Se não se tiverem coragem de assumir posições, não acrescentam, Parabens.
Conheço o Médico Veterinário Dr. Inácio,.
Profissional dos quadros da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná, ocupou já,,
em outras ocasiões a chefia da SDA,. Eis uma bela opção como, outras, podem surgir.
Que bom podermos chegar a este nível e opinar.
Ronaldo Carvalho Santos é Médico Veterinário
Assessor Independente de Agronegócio