Projeto do Código Florestal vindo do Senado tem falhas graves, diz o relator Paulo Piau
13 de abril de 2012
Novilho Precoce MS: Show da Carcaça 2012 – 25-26/abr Campo Grande, MS
13 de abril de 2012

Pelo direito ético de comer carne

Já esta mais do que na hora da população ter acesso a informações reais para que possa escolher com segurança que dieta seguir. Há mais de 30 anos trava-se em diversos países uma luta contra a carne vermelha, baseada em muitas inverdades. Segundo especialistas, o organismo humano é sim apto a digerir com sucesso a proteína animal. Por Monique Morata (Gerente de Marketing, Abiec).

Por Monique Morata (Gerente de Marketing, Abiec).

Não e de hoje que se discute sobre o consumo de carne vermelha, nunca de forma conclusiva e sempre tendenciosa, rendendo-se a modismos, preconceitos, à mudança na sociedade e até mesmo a lobbies.

O homem, enquanto onívoro, necessita da proteína animal para o bom funcionamento do organismo. Pode-se argumentar que a proteína pode ser substituída. Sim, mas e aqueles que não o querem fazer?

Ao argumentar sobre a morte de animais, na cadeia evolutiva sempre ocorrerá o sacrifício de um elo em benefício de outro, mantendo a cadeia em harmonia. Não estamos falando de sacrifício de humanos, mas sim de uma atividade rural, assim como a agricultura também o é.

É importante lembrar ainda da importância econômica da atividade agropecuária, gerando riquezas para os países, com forte impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de empregos. Na parte tecnológica e científica, importantes avanços são feitos ano a ano, aumentando a produtividade ao mesmo tempo que diminui os impactos ao meio ambiente. Vale lembrar que toda a atividade gera impacto ambiental. Usar a internet, fazer trilha, comer vegetais.

Até hoje os malefícios do consumo de carne vermelha não foram comprovados de forma efetiva e não há consenso na classe médica e cientifica sobre o tema. O seu consumo e recomendado até mesmo pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura). A organização orienta que o ser humano precisa de um suprimento diário de 90 gramas de proteína, sendo que 50% deve ser de origem animal.

A atividade ainda gera empregos e renda para as comunidades, criando oportunidades para que a população de comunidades rurais mantenham-se em suas cidades, evitando assim o êxodo rural e suas consequências, como o aumento da população e o crescimento desordenado dos grandes centros urbanos.

Já esta mais do que na hora da população ter acesso a informações reais para que possa escolher com segurança que dieta seguir. Há mais de 30 anos trava-se em diversos países uma luta contra a carne vermelha, baseada em muitas inverdades. Segundo especialistas, o organismo humano é sim apto a digerir com sucesso a proteína animal. O homem possui um sistema digestivo onívoro, ou seja, capaz de digerir carne vermelha com muita eficiência e sem danos ao funcionamento geral do organismo. Por outro lado, por sua característica de ser adaptável, pode seguir uma dieta exclusivamente vegetariana, sem danos também. Ou seja, cabe a cada um escolher o tipo de dieta que mais lhe agrada.

A grande verdade é que o extremismo nunca foi benéfico para a humanidade, por isso mesmo, não seria melhor adotarmos o lema: viva e deixe viver? Não se pode querer impor seu desejo a todos, tendo em vista que vivemos na pluralidade. É importante sim mantermos um canal de debate aberto, para que juntos, carnívoros, vegans, sociedade protetora dos animais, economistas, representantes das industrias alimentícias, governo, enfim; juntos encontremos soluções efetivas para melhores praticas em todos os setores, beneficiando desta forma, toda a sociedade.

Assim sendo, é ético comer carne em prol da manutenção e criação de novos postos de trabalho na área rural; o ser agropecuário é importante economicamente, mantendo a balança comercial estável; o produto contém proteínas importantes para o organismo humano; vale lembrar que enquanto parte da população mundial tem condições de escolher seus hábitos alimentares, com a substituição de proteína animal por outros alimentos, muitas vezes mais caros, há ainda populações que lutam contra a fome; e para finalizar, porque o desejo das maiorias também deve ser respeitado, da mesma forma que vegetarianos têm e devem ter o seu direito ao livre consumo e opinião.

 

2 Comments

  1. Adilson da Matta Andrade disse:

    Parabens Monique pelo texto.
    Ja deixei minha opinião na materia do Mauricio Nogueria sobre o mesmo tema, e a minha opinião vem de encontro ao seu paragrafo que fala sobre a nescessidade de concientizar as pessoas com informações reais, tanto dos beneficios da ingestão da proteina animal quanto da produção que causa um impacto ambiental bem menor do que as cidades e industrias sem tratamento de residuos.
    E volto a dizer; se não sacrificarmos os animais para comer, teremos sacrifica-los para que não comam nossas hortas; é uma brincadeira, mas mostra a nossa função dentro da cadeia alimentar, não podemos deixar as populações de animais crescer indefinitamente.
    Abraços
    Adilson da Matta Andrade

  2. Wanderley Kovalsky Moreira disse:

    Em recente depoimento de um dos mais conceituados médicos cardiologistas do Inst. do Coração de Pôrto Alegre, o mesmo relatou que comprovou através de pesquisas ao longo dos anos que a carne vermelha faz bem e não mal, para o coração.É claro, que se o sujeito for comer apenas a gordura da picanha ou da costela, esta fará mal, mas ninguém é louco para fazer isto.É importante que, com o passar dos tempos, estes preconceitos ridículos arraigados na cabeça de alguns, vão caindo por terra e dando lugar a comprovações cintíficas.