Demanda singela: De acordo com o varejo, o período de festas de fim de ano contou com uma demanda menor em comparação ao ano anterior, porém com uma receita maior devido ao preço elevado dos cortes, já que, mesmo com essa menor procura, o número de animais abatidos não foi suficiente para suprir plenamente a necessidade nos açougues e supermercados. Em 2015, o número de animais encaminhados à indústria foi 15,2% menor que em 2014. Esta é uma das explicações para a alta nos preços do varejo. Para se ter uma ideia, a média dos cortes no ano passado foi 16,6% maior que em 2014. Em 2016, a previsão do Imea é de possível manutenção no número de animais abatidos, fato que, isolado, poderia contribuir para a manutenção ou até aumento dos preços. Desta forma a demanda se tornaria peça-chave para o futuro dos preços da cadeia como um todo.
. As arrobas do boi gordo e da vaca gorda seguiram estáveis ao longo da primeira semana do ano, desvalorização de 0,10% e 0,04%, respectivamente.
. O preço do bezerro sofreu leve queda de 0,58% ao longo da última semana, chegando ao valor médio de R$ 1.282,50/cab.
. Para o contrato futuro com vencimento em fev/16, houve valorização de 2,55%, fechando a semana em R$ 151,34/@.
. O diferencial de base SP-MT apresentou alta de 1,99 p.p., fechando a semana com média de 15,86%.
ESCALA MENOR: A escala de abate iniciou 2016 bem a- baixo da média de dez/15. Na primeira semana de levanta- mentos do Imea, a escala diminuiu 32,2%, passando de 9,6 para 6,5 dias. Em dezembro, apesar de o volume de abate no Estado ter diminuído quase 5%, grande parte dos ani- mais foi encaminhada à indústria próximo ao período de festas, quando o consumo de carne tende a se intensi- ficar, o que elevou consideravelmente a escala dos frigorí- ficos. Na entrada do ano, com boa parte do estoque de animais ainda em fase de engorda nos pastos, a relativa dificuldade para encontrar animais terminados tende a continuar. Segundo previsão do Imea, o abate em 2016 não deve se alterar muito, confirmando ainda a tendência de escassez de animais. Com isso, há espaço para o preço da arroba se valorizar, o que seria ótimo para os produtores, porém, como já mencionado, a demanda terá papel fundamental neste contexto.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).