Perspectivas do Mercado de Grãos em 2010 e 2011 (slides e artigo)

O mercado de grãos é influenciado por vários fatores, entre eles estão o crescimento demográfico, a retomada do crescimento global econômico, a recuperação dos preços dos alimentos, aumento do consumo de determinados alimentos, entre outros, como clima e câmbio. A retomada do crescimento econômico provocou a interrupção do processo de queda das commodities básicas: petróleo, metais, soja, milho, arroz e trigo. No Brasil, os preços da soja são pressionados pelo câmbio e pela questão da logística, principalmente no Mato Grosso. No primeiro trimestre de 2010 os preços ficaram abaixo dos preços de 2009 e 2008, em todas as regiões produtoras, não cobrindo o custo total da produção. O câmbio é um fator que está atrapalhando a concretização da previsão das exportações de milho para 2010. No primeiro quadrimestre de 2010 as vendas registraram uma queda de 33% em relação a 2009.

O mercado de grãos é influenciado por vários fatores, entre eles estão o crescimento demográfico, a retomada do crescimento global econômico, a recuperação dos preços dos alimentos, aumento do consumo de determinados alimentos, entre outros, como clima e câmbio.

As perspectivas de crescimento econômico do Brasil para o ano de 2010 e 2011 são favoráveis, sendo observado um crescimento sempre superior ao da média mundial e, pelo menos a curto prazo, a crise européia não irá afetar o crescimento do PIB brasileiro.

A população mundial tende a crescer, com a previsão de um aumento de cerca de 800 milhões de pessoas até 2015, mesmo com a diminuição de crescimento populacional nos países desenvolvidos.

O preço dos alimentos, que reduziu em mais de 30% devido à crise de 2008, está se recuperando.

A retomada do crescimento econômico provocou a interrupção do processo de queda das commodities básicas: petróleo, metais, soja, milho, arroz e trigo. Com isso, tem-se um impacto no comportamento nos preços das matérias-primas, com a retomada dos preços dos insumos agrícolas.

O consumo per capta de carnes em geral (aves, suína e bovina) no mundo teve uma recuperação, ainda que abaixo de 2008, com continuidade de crescimento no Brasil e na China e retomada na Rússia.

Em 2010, está previsto um incremento no consumo mundial de 4 milhões de toneladas de carne. Brasil, Rússia, Índia e China, juntos representam quase 75% desse aumento.

O aumento do consumo de carnes sustentará o aumento no consumo de ração, afetando os preços de produtos como milho e farelo de soja.

Soja

A safra atual da soja nos EUA está caracterizada com o aumento da produção, aumento da produtividade, aumento da oferta, da demanda e dos estoques. Para a próxima safra a previsão é de aumento da produção e da oferta, diminuição da demanda e maior pressão nos preços.

No Brasil, os preços da soja são pressionados pelo câmbio e pela questão da logística, principalmente no Mato Grosso. No primeiro trimestre de 2010 os preços ficaram abaixo dos preços de 2009 e 2008, em todas as regiões produtoras, não cobrindo o custo total da produção.

Nesse período de 2010, observou-se o aumento da oferta, consequência do aumento da produtividade e do clima favorável.

As perspectivas altistas para os preços são: manutenção da demanda global por matérias-primas; correção do preço da soja em face ao dólar; área de produção menor do que a esperada nos EUA; concretização das previsões de safra do USDA.

As perspectivas baixistas: real valorizado; súbita desaceleração do consumo, especialmente da China; safra record simultaneamente nos EUA e na América sul; estoques chineses elevados.
Milho

A oferta e demanda no mundo está caracterizada pelo aumento de área, aumento de produção – devido ao aumento da produtividade – aumento de oferta, e estoques mantidos em níveis abaixo da média histórica, sem refletir no preço.

No Brasil, os preços do primeiro semestre de 2010 ficaram abaixo dos preços de 2008 e 2009 nas principais regiões produtoras. Com o preço baixo, diminuiu o custo de ração, e consequentemente o custo da produção, principalmente, de aves e suínos.

O câmbio é um fator que está atrapalhando a concretização da previsão das exportações para 2010. No primeiro quadrimestre de 2010 as vendas registraram uma queda de 33% em relação a 2009.

No Brasil a produção foi maior na safra 2009, devido ao aumento do volume da safra de inverno. A demanda teve um pequeno aumento em relação à safra passada.

Perspectivas altistas: problemas climáticos na safra de inverno; aumento das exportações no segundo semestre, se tiver desvalorização cambial grande; desvalorização do real devido ao risco político, se parece não irá se concretizar.

Perspectivas baixistas: real valorizado; clima favorável; aumento da área plantada nos EUA. Este é o cenário mais provável de ser observado.

Esse artigo é baseado na palestra Perspectivas do Mercado de Grãos em 2010 e 2011, ministrada por Cristiano Ramos, sócio da Céleres Consultoria, no Workshop BeefPoint Mercado do Boi, realizado pela AgriPoint em 20 maio 2010.

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