Como resultado da movimentação social entre as classes econômicas promovidas pelo governo Lula, pesquisas apontam o crescimento e sofisticação de consumo de classes menos favorecidas, chamado de "consumo popular".
De acordo com a matéria “Inclusão social que traz lucro”, de Cláudia Bredarioli e Arnaldo Comin, para a publicação Meio&Mensagem, como resultado da movimentação social entre as classes econômicas promovidas pelo governo Lula, pesquisas apontam o crescimento e sofisticação de consumo de classes menos favorecidas, chamado de “consumo popular”.
De acordo com pesquisa da LatinPanel, citada na matéria, os gastos com produtos não-duráveis (alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza) pelas famílias das classes D/E aumentou 11% ao longo do primeiro mandato do governo Lula. As classes D/E englobam famílias com rendimento médio de até quatro salários mínimos e representam atualmente 44% das famílias brasileiras. No ano passado era 44% e em 1994, antes do governo FHC, era 60%.
O gasto médio da classe D/E aumentou 35%, enquanto a classe C aumentou 34% e a classe A/B também 35%. A distribuição do crescimento do volume médio comprado está mais concentrada na classe D/E, com aumento de 11%, contra 8% na classe C e 5% na classe A. O período analisado pelo estudo é de janeiro de 2003 a agosto de 2006.
O levantamento, entitulado “O Consumidor Na Era Lula”, aponta sofisticação dos itens consumidos por esses estratos, incluindo produtos como suco em pó, massa instantânea, caldo para tempero, salgadinhos e leite longa vida, entretanto não fica especificado na matéria a inclusão e crescimento da carne bovina na opção de consumo dessas famílias. A cesta de compras padrão aumentou de 21 para 27 itens de consumo.
A matéria cita ainda um estudo da Govêa Souza & MD que aponta um crescimento de 9,8% no comércio nordestino, região que concentra boa parte da população das classes C, D e E. Isso representa mais do dobro do crescimento nacional, de 4,5%. No norte o crescimento é de 11,2%.
O Meio&Mensagem cita estratégia do grupo varejista Pão de Açúcar neste foco, com aquisição das marcas CompreBem e Sendas a partir da década de 90, através agressivo programa de aquisição de redes com atuação em bairros populosos. O destaque, em função do tamanho e faturamento, foi a aquisição da rede Barateiro, em 1998. O grupo realizou estudos buscando identificar as necessidades deste tipo de consumidor. O resultado apontou a importância da “dona de casa”, exercendo papel fundamental na administração do lar.
As informações são da publicação Meio&Mensagem.