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Pesquisa indica custo de produção da carne

Os resultados iniciais do projeto TAB-57, programa de controle de custos para a pecuária de corte, estão animando produtores envolvidos. Inicialmente, mesmo adotando alta tecnologia e animais de genética superior, os pesquisadores conseguiram uma redução de 30% nos gastos com fertilização, alimentação e manutenção de 240 vacas da raça Tabapuã, em comparação com o sistema de manejo convencional. O TAB é o primeiro programa de avaliação de custos na pecuária nacional e está sendo desenvolvido pelas fazendas Água Milagrosa (Tabapuã) e Córrego de Santa Cecília (Uchoa), em São Paulo, com apoio técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ).

O superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antônio Josahkian, afirma que a princípio os dados mostram que, mesmo com a utilização de tecnologia, como adubação e rodízio de pasto, e com o investimento em animais de alta genética, os custos de produção foram 30% menores que a média nacional.

Os resultados das três primeiras etapas da produção já foram disponibilizados aos pecuaristas. De acordo com a pesquisa, o custo de inseminação e de manutenção das vacas foi de US$ 16,5. Para a inseminação do lote de 120 fêmeas da raça zebuína Tabapuã, foram gastos US$ 1.869. Já os gastos totais com a fertilização e manutenção das matrizes, durante noves meses, foram de US$ 18.946, enquanto o gasto com todo o lote chegou a US$ 2.088. Na terceira etapa, os custos chegaram a US$ 2.648, o que representa um gasto médio por unidade de US$ 24,89, para a manutenção das matrizes por 13 meses.

Para a experiência foram selecionados dois lotes de 120 fêmeas da raça zebuína Tabapuã, que foram inseminadas por touros das raças Angus e Blonde. Além das análises econômicas, Josahkian explica que a intenção é avaliar a qualidade da raça como “mãe”. “Além de aspectos como o custo de produção, aproveitamos para analisar as características maternas das vacas Tabapuã para a produção de animais para corte. Estão sendo observados fatores como ganho de peso, desmama e facilidade de parto”, acrescenta.

O superintendente técnico da ABCZ garante que, com o projeto, os pecuaristas, além de poderem avaliar o ganho de peso dos animais, poderão conhecer a realidade de produção de kg/hectare/ano. “O importante não é propriamente a taxa de conversão de alimento em carne, mas sim quanto custou cada quilo de carne produzido. O desempenho e a produtividade são importantes, mas como instrumentos de redução de custos, pois uma fazenda é uma empresa como outra qualquer. Se não produzir a custos compatíveis com o mercado, vai à falência”, finaliza.

A intenção dos coordenadores do programa é criar um sistema para controlar rigorosamente os custos de produção por arroba produzida e por área ocupada. O relatório final do Projeto TAB-57 deverá ser divulgado pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba (Fazu), em 31 de maio de 2003.

Fonte: Jornal Correio/Uberlândia, adaptado por Equipe BeefPoint

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