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Pesquisa mapeia risco de reintrodução da aftosa em fronteiras

aftosa

Uma parceria franco-brasileira mapeou o risco de reintrodução da febre aftosa na fronteira do Brasil com o Paraguai, após o surto de 2005. O trabalho de modelagem foi realizado pela pesquisadora Thaís Basso Amaral da Embrapa Gado de Corte (MS), com o apoio de duas especialistas de instituições francesas: Valery Gond, do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), e Annelise Tran da Maison de Sensoriamento Remoto em Montpellier.

O grupo inovou ao adotar uma metodologia inédita no País chamada de análise multicritério difusa para tomada de decisões em grupo, para determinar as áreas de risco de introdução da aftosa na fronteira.

O mapeamento é resultado da análise de variáveis combinadas e, posteriormente, é cartografado, a partir do uso de um software de sistemas de informação geográfica.  Localização da propriedade, tráfego de animais, distância da fronteira e locais de concentração bovina (leilões e exposições), densidade animal e tipo de fazenda foram alguns fatores considerados. Paralelamente, construíram-se quatro cenários: com poucas variáveis de risco, com metade, com muitos e um que contenha a maioria desses itens. A análise oferece um índice de risco da região, tornando-a mais vulnerável ou não, visível em mapas.

O estudo foi realizado nos municípios fronteiriços sul-mato-grossenses de Porto Murtinho (norte), Ponta Porã (centro) e Mundo Novo (sul), considerados como referência, e os mapas mostraram que o risco de uma reintrodução é baixo, mas há diferenças.

“Locais com maior trânsito de animais e próximos a fronteiras foram avaliados como mais vulneráveis e caso houvesse uma ação de defesa sanitária, ela deveria focar esses locais”, revela Basso. Segundo Luciano Chiochetta, diretor da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), estados em fronteira exigirão estratégias específicas de vigilância quando se alterar o status sanitário do País.

mapas-materia-aftosaÁreas vermelhas indicam maior risco de reintrodução da doença

Clique aqui para ver reportagem completa da Embrapa.

Fonte: Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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