A produção de carne in vitro pode ser mais destrutiva para o meio-ambiente do que a carne tradicional, baseada na produção animal, de acordo com um novo relatório de três pesquisadores especializados no desenvolvimento sustentável, das universidades do Arizona e Clemson, que calcularam que a carne feita em laboratório requereria menores quantidades de pasto e menos terra para a produção, mas o processo de cultivo de carne em laboratório ou em indústria requereria mais energia, provavelmente produzida por combustíveis fósseis.
“Como resultado, o potencial de aquecimento global para carne in vitro provavelmente é maior do que o da carne de aves e suína, mas menor do que o da carne bovina”, disseram Carolyn Mattick, Amy Landis e Brad Allenby em um artigo postado no Slate.com.
As conclusões são especulativas, disseram os autores. Muitos fatores poderiam mudar as equações com o tempo, incluindo formas mais eficientes de gerar energia e protocolos mais eficientes de alimentação. Além disso, a carne in vitro não fornece também os subprodutos, como couro, sangue e penas, dos quais outras indústrias dependem. Recriar esses produtos também poderia aumentar os requerimentos totais de energia além daqueles atualmente usados na produção e no abate pecuário.
Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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