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Pessina: que tal aumentar o crédito para os pequenos

Acho que o governo deve apenas se limitar a regularizar o setor controlando o monopólio e igualizando as condições de competitividade através de linhas de crédito que favoreçam a iniciativa privada. O injusto é ofertar crédito barato as garndes empresas e cortar o crédito das pequenas e médias empresas. Dessa forma, você favorece a formação de monopólios no setor. E isto é o que está ocorrendo no setor de frigorificos hoje.

O leitor do BeefPoint Alberto Pessina (Produção de gado de corte), de Lençóis Paulista, São Paulo, enviou um comentário ao artigo “Qual a importância da ajuda do Governo aos frigoríficos?“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Acho uma loucura querer fazer fusões de pequenos e médios frigorificos. Pois a economia se desenvolve justamente da iniciativa de pequenos e médios negócios.

Imagina a cultura de vários pequenos e médios empresários sendo fundida em apenas um negócio. Já é dificil realizar grandes fusões com um ou dois líderes da fusão. Imagina fundir diversos pequenos negócios.

Além disso, se você colocar apenas grandes players em um setor, você dificulta a entrada de novos e pequenos players.

Acho que o governo deve apenas se limitar a regularizar o setor controlando o monopólio e igualizando as condições de competitividade através de linhas de crédito que favoreçam a iniciativa privada. Da mesma forma que é feito na agricultura, ofertando crédito mais barato as pequenas e médias empresas e mais caros a grandes empresas. Assim, a própria iniciativa e a competitividade de cada empresa regulariza o setor.

O injusto é ofertar crédito barato as garndes empresas e cortar o crédito das pequenas e médias empresas. Dessa forma, você favorece a formação de monopólios no setor. E isto é o que está ocorrendo no setor de frigorificos hoje.

Abraço a todos e parabéns ao Beefpoint por incentivar esta discussão em seu site.”

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

0 Comments

  1. JORGE NOVAES disse:

    Talvez algumas grandes questoes sejam :

    que custo as autoridades competentes estao dispostas a pagar por toda essa sequencia de prejuizos a sociedade como um todo, ou seja fechamento de inumeras empresas , o fechamento de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos que o setor esta presenciando ?

    ou ainda quem se responsabilizara por praticamente se presenciar o esfacelamento de varias pequenas cidades no pais , onde sua economia em grande parte dependia ou praticamente girava em torno dos frigorificos que ali existiam ,e em alguns casos afetando ate mesmo suas respectivas regioes ?

    milhares de chefes de familia em todo o pais , esperam uma resposta , assim a quem for de direito que responda !!!!

  2. Carlos Alberto Barros disse:

    Parabéns ao Sr. Alberto Pessina. Muito clara a sua exposição sobre uma situação óbvia. No momento em que se discute a equivocada e constante concentração da destinação do dinheiro público para os dois grandes grupos do setor, por parte do BNDES, agora divulgam essa idéia maluca de fomentar a criação de um outro “grande”, oriundo da fusão de vários pequenos.

    Na prática, as coisas não são simples assim, e são esses “pequenos” que dão ao mercado o que ele pode oferecer de melhor, como a livre concorrência e a liberade de escolha do consumidor dentre várias opções.

    Sr. Pessina, faço minhas as suas observações.

    Carlos A. R. Barros – Consultor.

  3. GILMAR OCCHI disse:

    Vejo pulsar vários comentários referente a liberação de recursos para segmento frigoríficos nos últimos dias,E quero aqui expressar mais uma vez a idéia que tudo é coerência pois esta é a mãe da sustentação então vejamos, segundo fontes de diversos sites a mãe BNDS já liberou bilhões as empresas JBS e Marfrig e para justificar alega que essas duas tiveram maior agressividade por isso teria seu crédito disponível até mesmo se a agressão fosse na América do norte, Europa etc a minha pergunta é simples que critério o BNDS usa para fazer tal avaliação e entender que essas estrelas estão tendo tamanhos resultados para pôr a mão em nada menos que 15 bilhões isso em 2010, não estaríamos aí jogando dinheiro público em ventos estrangeiros,o tempo nos dirá acredito que bem em breve. A Outra situação é agora como justificativa a brilhante IDÈIA dos intelectuais do sistema financeiro propor a fusão dos pequenos, hora alguém já viu dois gatinhos no mesmo saco nascer um leão, primeiro que essas empresas menores me parece estão longe de uma gestão moderna que somada a facilidade de crédito sem critério os levou aonde estão. Mas sim, o associativismo é a única forma de pequenos se tornarem competitivos principalmente no mercado exterior o que diminui significativamente o risco de errar e para que isso aconteça temos que criar uma nova cultura de produção com novos gestores e sim utilizando as diversas estruturas frigoríficas inoperantes espalhadas por este pais, volto a bater na tecla que esta na hora do setor produtivo se organizar em associações e ou cooperativas de produção pois se assim não o fizer estarão na mão de duas ou três ESTRELAS.
    GILMAR OCCHI MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL.