O avanço de 21,6% da agropecuária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre frente ao trimestre imediatamente anterior foi o maior para o setor neste tipo de comparação desde o crescimento de 23,4% do quarto trimestre de 1996.
Os dados constam das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, a alta de 1,9% do PIB frente ao trimestre anterior foi o melhor desempenho desde o crescimento de 3,4% no quarto trimestre de 2020.
Esse foi apenas a quinta vez na série história, iniciada no primeiro trimestre de 1996, que a agropecuária cresceu na casa dos dois dígitos ante o trimestre anterior. Os demais, além do quarto trimestre de 1996, foram o crescimento de 12,5% no segundo trimestre de 2012, a alta de 11,3% no terceiro trimestre de 2012 e o avanço de 12% no primeiro trimestre de 2017.
O crescimento da agropecuária no primeiro trimestre respondeu por em torno de 80% do crescimento da economia nos primeiros três meses do ano, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Segundo ela, o setorrespondeu por cerca de 1,6 ponto percentual a 1,7 ponto percentual da expansão de 1,9% do PIB do primeiro trimestre ante quarto trimestre de 2022. “Podemos dizer que foi um crescimento muito representativo”, disse.
Dentro da indústria, e também na comparação com o trimestre anterior, o recuo de 0,8% da construção foi o pior desde a queda de 1% no segundo trimestre de 2021. Nos serviços, as outras atividades de serviços caíram 0,5%, no pior desempenho desde a queda de 16,7% no segundo trimestre de 2020.
Do lado da demanda, e sempre na comparação com o trimestre anterior, a alta de 0,2% do consumo das famílias foi o pior desempenho desde a queda de 1% do segundo trimestre de 2021. A formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 3,4% frente ao trimestre anterior, pior resultado desde a queda de 4,4% do segundo trimestre de 2021.
A queda de 7,1% das importações foi o maior recuo desde os -8,2% do terceiro trimestre de 2020.
Fonte: Valor Econômico.