A perda de produção ocasionada por intempéries climáticas influenciaram de forma negativa o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário no primeiro trimestre de 2012. O clima seco na região Sul do País e o excesso de chuvas em algumas regiões provocaram perdas significativas na safra de grãos e fibras, cuja colheita é iniciada no primeiro trimestre do ano, avaliou a Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA
A perda de produção ocasionada por intempéries climáticas influenciaram de forma negativa o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário no primeiro trimestre de 2012. O clima seco na região Sul do País e o excesso de chuvas em algumas regiões provocaram perdas significativas na safra de grãos e fibras, cuja colheita é iniciada no primeiro trimestre do ano, avaliou a Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Estimativas oficiais indicam que a produção de grãos e fibras, na safra 2011/2012, será 1,7% menor em relação ao ano anterior, totalizando 160 milhões de toneladas. A produção de soja caiu 11,5% para 66,6 milhões de toneladas na safra atual.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (01/06), o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2012. Os dados oficias mostram estagnação da economia brasileira de modo geral. O setor agropecuário, que vinha apresentado resultados positivos, recuou 7,5% no primeiro trimestre de 2012 quando comparado com o último trimestre de 2011. Na comparação com igual período de 2011, a queda no primeiro trimestre é ainda maior: 8,5%.
Para a CNA, os resultados negativos poderão ser amenizados pela expectativa de bom desempenho da segunda safra de grãos, que começa a ser colhida em junho. Para a segunda safra de milho, a previsão é de colheita de 30,1 milhões de toneladas, crescimento de 40,5% em relação ao volume produzido na safrinha de 2011. Na avaliação da entidade, no entanto, o desempenho positivo do setor agropecuário e do agronegócio registrado em 2011 não deve se repetir. Prevê que as perdas da safra somente poderão ser recuperadas em 2013.
Fonte: CNA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
1 Comment
Sobre as perdas da produção agropecuária e a sua influência negativa no desempenho do nosso Produto Interno Bruto (PIB) é fundamental e importante lembrar que a seca não ocorreu e/ou está ocorrendo, apenas, no Sul do Brasil.
Contrariando as previsões, o fenômeno La Niña , também, está provocando uma estiagem na Bahia e nos demais estados deste nosso semiárido nordestino. Tempo bom para quem está nas belas praias do litoral, mas preocupante para toda a região sertaneja.
As chuvas que deveriam ter começado mais intensas em Novembro estão demorando a chegar. Muito preocupante porque estamos sem fortes chuvas até este ínicio de Junho e a nossa precipitação pluviométrica no semiárido tem sua maior intensidade no período Novembro-Março.
Agricultura estagnada e a pecuária com graves problemas de falta de forragem e de água. O sertão não virou mar mas produz a comida para quem vive na beira do mar. La Niña, desta vez, imitou seu irmão El Niño e poderá virar sinônimo de prejuizo aqui no sertão também.
Vale refletir que o grande desafio brasileiro para um desenvolvimento por inteiro é o estabelecimento para o Semiárido de um plano inovador e permanente de processos produtivos e de implantação das obras de infra-estrutura hídrica capazes de resistir e conviver com a seca, Evitar o flagelo é impossível, mas existe a forma de convivência possível. Precisamos avançar.