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PIB do agronegócio cresceu mais de 6% no primeiro semestre de 2003

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve atingir a marca de R$ 450,78 bilhões em 2003, um crescimento superior a 6% quando comparado ao resultado de R$ 424,32 bilhões registrado no ano passado. Esse valor inclui todas as etapas do agronegócio, desde a produção primária até a distribuição, negociação de insumos e industrialização. A estimativa é resultado de estudo realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). O PIB da produção primária da agropecuária foi projetado para o ano em R$ 137,62 bilhões, contra R$ 125,79 bilhões, em 2002.

A pesquisa da CNA e Cepea/USP considera os resultados do setor acumulados durante o primeiro semestre e, a partir desses dados, é realizada uma estimativa para todo ano. O estudo mostra que no primeiro semestre deste ano, o PIB do agronegócio brasileiro apresentou crescimento de 6,24%, sendo 0,91% somente em junho. O agronegócio da agricultura cresceu 7,93% nos primeiros seis meses de 2003 e o agronegócio da pecuária apresentou resultado positivo de 2,24%.

Isoladamente, o PIB da produção primária da agricultura cresceu 14,55% no primeiro semestre (sendo 2,07% em junho), permitindo projetar que o PIB para o ano em R$ 83,29 bilhões (frente R$ 72,72 bilhões, no ano passado). É um desempenho bem melhor do que nos dois últimos anos, pois nos primeiros seis meses de 2002, o PIB da agricultura cresceu 8,18% e em igual período de 2001 apresentou queda de 0,59%. No primeiro semestre deste ano, o PIB da pecuária apresentou crescimento de 2,37% (0,68% em junho) e projeta para 2003 a marca de R$ 54,33 bilhões (contra R$ 53,07 bilhões, em 2002).

O setor de insumos do complexo do agronegócio da agricultura apresentou taxas de crescimento bastante elevadas (12,25% no primeiro semestre e 1,65% em junho), mas sem representar queda de renda para o setor produtivo, que teve crescimento do PIB em patamar superior, de 14,55%. O mesmo não ocorreu na área de criação de animais, pois o PIB do setor produtivo primário, ao crescer 2,37%, não conseguiu acompanhar a elevação de taxas registrada no segmento de insumos do sub-complexo do agronegócio da pecuária, que teve alta de 6,44% no ano, sendo 1,05% somente em junho. “Isso representa perda de renda para o pecuarista”, explicou o chefe do Departamento Econômico da CNA, Getúlio Pernambuco.

Estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indica que o Valor Bruto da Produção Agropecuária Brasileira (VBP) deverá atingir R$ 154,4 bilhões este ano, em crescimento de 14,2% em comparação com os R$ 134,3 bilhões registrados no ano passado. O VBP representa o faturamento dos 25 principais produtos do setor rural brasileiro. Pernambuco, explicou que o crescimento do VBP agropecuário deve-se principalmente ao bom resultado da safra de grãos, com destaque para soja, trigo, milho e algodão. Os setores que registram queda no VBP, porém, enfrentam quadro de forte crise, como o café. Na área da produção de carnes, há crescimento do VBP na produção de frangos, leite e ovos e queda no faturamento da pecuária de corte e da suinocultura.

O estudo da CNA mostra que há projeção de aumento do faturamento dos setores de produção de frangos, leite e ovos. O setor de frangos deverá atingir VBP de R$ 13,6 bilhões, 18% a mais que no ano passado. Há, porém, queda de 5,5% do VBP do setor de carne bovina, segmento cujo faturamento deverá encerrar 2003 na marca de R$ 24,4 bilhões frente R$ 25,8 bilhões no ano passado. Pernambuco disse que tanto na pecuária de corte como na produção de carne suína, o faturamento foi reduzido devido à queda dos preços pagos ao produtor.

Fonte: Departamento de Comunicação da CNA, adaptado por Equipe BeefPoint

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