A discussão promovida entre frigoríficos e produtores sobre quem deve bancar a instalação dos sistemas de rastreabilidade no País é um dos fatores que, segundo o economista do Sindicato dos Produtores de Carne do Paraná (Sindicarne), Gustavo Fanaya, atrasam a efetivação do Sistema Brasileiro de Identificação de animais de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
O mote dessa discussão levanta duas dúvidas: não seriam os beneficiados pelo mercado externo (no caso, os frigoríficos) os maiores interessados na rastreabilidade? Por outro lado, os produtores não seriam os responsáveis por assegurar a qualidade da carne?
Outros fatores que dificultam a instalação do sistema, na opinião do economista, são as dimensões do Brasil e a pouca uniformidade dos sistemas produtivos. ”Enquanto alguns produtores adotam esquemas profissionais e já rastrearam seus bois, outros fazem uso de sistemas rústicos”.
Alheio a essa discussão, o pecuarista Valdir Lazarini, de Cascavel, já se adaptou às exigências do Mapa. ”Todos os nossos animais criados em confinamento (cerca de 1.700) são rastreados”, contou. O processo para identificação dos animais criados a pasto já está em andamento.
Lazarini acredita que 60% dos produtores do Paraná tenham rastreado seus animais. Esses números fazem com que o pecuarista acredite que o Estado possa, sim, atender às expectativas de exportação para a UE. ”Temos um grande volume de gado confinado no Paraná. A princípio, deve ser suficiente”.
Fonte: Folha de Londrina/PR, adaptado por Equipe BeefPoint
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Os produtores e os frigoríficos são beneficiados pela rastreabilidade. Os dois ganham.
E o país também ganha pelo volume de divisas que traz via exportações.
O produtor ganha adicionalmente, pois o sistema é um coadjuvante na gestão da propriedade.
Os frigoríficos são os mais interessados na exportação, ja que o preço da arroba é o mesmo para o pecuarista.
O mais sensato seria repartir os gastos através de uma premiação para os pecuaristas que oferecem animais rastreados.