A Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam nesta terça, dia 16, operação contra crimes cometidos para favorecer frigoríficos, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia. Devem ser cumpridos 22 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão na ação que foi batizada de Abate. De acordo com as investigações, servidores públicos recebiam vantagem em troca do favorecimento das empresas.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam nesta terça, dia 16, operação contra crimes cometidos para favorecer frigoríficos, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia. Devem ser cumpridos 22 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão na ação que foi batizada de Abate.
A operação ocorre em oito Estados e no Distrito Federal: Rondônia, Mato Grosso, RioGrande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande doNorte.
De acordo com as investigações, servidores públicos recebiam vantagem em troca do favorecimento das empresas.
Segundo nota do site da Polícia Federal, “além de frigoríficos, laticínios e curtumes, foi identificado um importante grupo econômico com sede em Mato Grosso, responsável pelo pagamento de propinas a servidores públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, Banco da Amazônia,Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional de Energia Elétrica e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso”.
A nota relata que “nas atividades ilícitas, que demonstram o desprezo dos fraudadores pela saúde pública, está o envolvimento da cúpula da Superintendência Federal em Rondônia e dos fiscais que atuam nos frigoríficos. Em muitos casos os produtos enviados para o consumidor, que eram produzidos nos estabelecimentos alvo da operação, não possuíam nenhuma garantia de estarem em condições de consumo, em virtude da omissão da fiscalização.”
O procurador Reginaldo Trindade, do Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia, informa que JBS, Margen e Redenção – os dois em recuperação judicial -, frigorífico Santa Marina, Cean, FrigoPeixe e o Laticínio Três Marias, estão sendo investigados.
Advogados do Margen e do Redenção preferiram não se pronunciar por não terem informações completas sobre as acusações.
De acordo com o procurador da República de Rondônia, aquadrilha montada dentro da Superintendência Federal de Agricultura praticava uma série de irregularidades, como concessão de laudos frios e liberação para o funcionamento de unidades de produção. Tudo mediante propina, que era paga deforma “sistemática e regular” diretamente para os superintendentes do órgão e “por fora” para os fiscais que atuam dentro das unidades de produção. “Muitos fiscais sequer apareciam nas unidades. Ficavam em casa e de lá liberavam as guias ou as assinavam em branco e deixavam com os empresários”, afirmou Trindade.
JBS
A JBS emitiu um comunicado onde informa que recebeu visita da Polícia Federal de Rondônia, que cumpria o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal do Estado de Rondônia derivado de investigações realizadas pela Polícia Federal, onde são investigados funcionários públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia-SFA.
“A JBS recebeu a Polícia Federal e contribuiu para a investigação, que apreendeu documentos relacionados a Inspeção Federal bem como relatórios de auditorias, licenças de operações da Unidade, entre outros. Vale ressaltar que nenhum dispositivo de armazenamento de dados eletrônico, computador ou qualquer tipo de equipamento da JBS foi apreendido, pois não foi encontrada nenhuma prova de evidência de crime”, ressalta o comunicado.
A JBS finaliza a mensagem reafirmando não ter qualquer tipo de envolvimento em crimes associados a este inquérito que envolve a Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia. “A JBS reforça ainda que não há qualquer tipo de irregularidade em suas unidades localizadas no Estado de Rondônia ou em qualquer outro Estado”.
A Companhia informou ainda não ter conhecimento do teor do inquérito policial que originou a investigação para detalhar mais sobre o assunto e reforça que contribuiu e continuará a contribuir com as investigações.
As informações são da Agência Estado, Valor Econômico, G1 e JBS S.A., resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Parabens ao Ministério da Agricultura por “cortar a propria carne” denunciando maus funcionários.
esta noticiavai bagunçar o mercado exportador tomara que os problrmas sejam resolvidos com transparencia ,diferente do SENADO
parabens a todos do beefpoint, pela grandesa do site e pela boas informações nele contido na area agropecuaria e frigorifica.
Triste, muito triste em ler uma notícias destas. Especialmente quando Supervisores e fiscais do Mapa, estão envolvidos.
Caros leitores, causa-me estranheza o fato de saber que a Polícia Federal faz visitas a pessoas ou empresas. Mais do que estranheza, causa-me surpresa porque os presentes trazidos geralmente são mandados de busca e apreenssão, mandados de prisão acompanhados de algemas, com a opção de escolher mãos na frente ou atrás.Com certeza a visita recebida pelo JBS não foi uma visita de cortesia e sim uma visita que aplicou medidas a pessoas implicadas em algum delito.
Abraços
É triste e repugnante ver funcionários, “empregados do povo” ser indiciado por falcatruas. Deus queira que na apuração dos fatos haja um desencontro destas informações. Pois o maior prejudicado é o Brasil que tem colocado em cheque a idoneidade da defesa e inspeção dos produtos de origem animal
É triste estes acontecimentos no entanto tem seu lado positivo o qual se resumi na trasparencia e limpeza dos orgaos e empresas de funcionarios de mal carater
esperamos transparencias nas investicagoes e que sirva de exemplo.
A Polícia Federal e o Ministério Público merecem nossos cumprimentos pela investigação. A corrupção no País é endêmica, inclusive no Ministério da Agricultura. Sugiro que esta operação seja estendida às Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura e/ou de Saúde (com certeza constatarão que o consumidor está totalmente desprotegido em relação às zoonoses e toxinfecção de origem alimentar). Pior que os 70% de animais abatidos clandestinamente no País são aqueles que oficialmente inspecionados não recebem a visita dos Srs. Inspetores, também chamados Fiscais (é a dita inspeção cartorial – só existe no papel).
Issso sempre aconteceu gente , nos todos sabemos, sempre ficamos nas maos de veterinarios, ou muito velhos de profissao ultrapassados nos seus limites e perto de aposentar e querendo sair com uma promoção em cima de alguma tonto dono de frigorifico , ou ficamos nas maos dos jovens que recem chegarao e querem fazer tudo ao pé da letra ate demais como por exemplo: a tinta que voce vai pintar a camara fria (epox) tem que ser comprada onde a empresa vendedora é registrada no ministerio para vender, tem base? Eu ouvi isso. Tenho 25 anos de frigorifico nas costas, as coizas nao sao assim, mas si nao cumprir a determinação, amanha voce chega na sua empresa , todos estao de braços cruzados pois o “DR ” nao deixou o abate começar, é ou nao é assim meus amigos, me corrija caso esteja errado.
nao nego temos varios profissionais gabaritados sim, mas sao pocos na imensidao dos nao!
fraternal abraços!