Tendo em vista diversas manifestações que temos recebido sobre as fusões Friboi-Bertin, Marfrig-Margen-Mercosul, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) esclarece a todos seua posição sobre o assunto.
Tendo em vista diversas manifestações que temos recebido sobre as fusões Friboi-Bertin, Marfrig-Margen-Mercosul, cabe-nos ponderar os seguintes pontos:
1. A Abrafrigo tem sistematicamente se posicionado, na mídia, contrária a concentração industrial no ramo de frigoríficos, pelas razões que todos conhecem;
2. Não concordamos com a injeção de recursos públicos nas empresas, via BNDES, os quais têm sido a fonte maior da concentração industrial no nosso segmento;
3. Todavia, não nos restam outras alternativas que possam evitar estas fusões e incorporações, senão a de continuarmos esclarecendo a opinião pública, os poderes constituídos da nação e também as entidades de representação dos pecuaristas, sobre as prováveis conseqüências deste processo;
4. Reconhecemos, porém, que o país eventualmente poderá se beneficiar, uma vez que estas empresas terão maior poder de competitividade nos mercados externos, colaborando para a nossa balança comercial;
5. Entretanto, a ABRAFRIGO espera que no dia-a-dia dos mercados do boi e da carne possa haver concorrência leal e salutar entre todas as empresas, e que, sob nenhuma hipótese, vamos tolerar quaisquer indícios de manipulação de preços e distorção do padrão de comportamento comercial que deve haver nestes mercados;
6. A entidade deposita um crédito de confiança nestas fusões, mas esclarece que não hesitará em tomar as medidas administrativas, legais e judiciais caso algum mínimo sinal de irregularidade no campo comercial seja detectado por quaisquer das nossas entidades e empresas filiadas.
7. Continuaremos monitorando permanentemente estes mercados, em todas as regiões do país, na esperança de que continuem sendo objeto das relações normais de oferta e procura agregadas, com os preços sendo definidos como resultantes destas duas variáveis, sem artifícios e sem manipulações.
Curitiba, 24 de setembro de 2.009
Péricles P. Salazar
Presidente
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Da mesma forma que os frigorificos estao se unindo para creser os pecuaristas tem que se unir e apoiar as entidades que os representan,trabalhar como empresa e planejamento para faser frente aos desafios de rentabilidade,somente uma gestao empresarial e uniao poderao faser frente a essa situasao.
Acho que essas fusões é uma maneira da indústria frigorífico ,manipular preços no mercado do boi jogando sujo com a agropecuária brasileira,pois qualidade e sanidade temos, de acordo com as exigências do setor;o que mais vão querer.Sendo que com isso ja conquistamos vários mercados la fora e tem mais por vim,essa concentração dos frigorificos só serve para pecuária de cria,(venda de bezerros) aonde eles (frigoríficos) montam megas confinamentos compram tudo e definha os preços de mercado do boi.Os pecuarista tem que se unir para que isso ñ aconteça.E RAPIDO!
Srs. pecuaristas : acredito que com estas fusões dos grandes grupos frigoríficos, está chegada a hora de se implantar compulsoriamente no brasil o sistema brasileiro de tipificação de carcaças bovinas, separando o joio do trigo e aumentando as vossas rentabilidades …que tal ?