A pouca oferta e os altos preços do boi gordo levaram a Perdigão a rever sua estratégia de expansão para a divisão de bovinos no país. A empresa alterou os planos iniciais de chegar ao abate de 6 mil animais por dia até 2011.
A Perdigão fechou a compra de um frigorífico em Goiás, mas decidiu aguardar a “normalização” do mercado para formalizar o negócio e iniciar as novas operações. Seguindo a mudança de estratégia, a empresa também decidiu paralisar temporariamente a ampliação da planta de Mirassol D´Oeste (MT), onde pretendia ampliar o abate diário de 450 para 2 mil animais.
A pouca oferta e os altos preços do boi gordo levaram a Perdigão a rever sua estratégia de expansão para a divisão de bovinos no país. A empresa alterou os planos iniciais de chegar ao abate de 6 mil animais por dia até 2011.
“O mercado está complicado. Tem muito frigorífico novo entrando e não tem oferta de boi no mercado. Vamos esperar até haver uma normalização”, disse o diretor de Novos Negócios da Perdigão, Nelson Vas Hacklauer, ao jornal Valor Econômico.
A procura por uma terceira unidade em estados onde a empresa ainda não atua, como Rondônia, Pará ou Tocantins, foi motivada pela necessidade de evitar a concentração das operações no Centro-Sul e para driblar eventuais problemas sanitários com determinado Estado ou região. “Mas também suspendemos essa busca até que a situação da oferta de gado esteja mais clara”, diz o diretor.
Analistas de mercado avaliam que a cautela seria justificada por melhores oportunidades de negócio em 2009, quando alguns frigoríficos de bovinos devem ser vendidos em razão das dificuldades do setor neste ano.
As informações são jornal Valor Econômico.