PQA: Uma ação pró-ativa da ASSOCON visando bem-estar, segurança do alimento e responsabilidade social e ambiental (vídeo, slides e artigo)

No setor agropecuário é de extrema importância a existência de linhas de atuação ligadas ao meio ambiente, bem estar animal, questões sociais e econômicas. O sucesso de um negócio só é alcançado com a comunicação dessas linhas de atuação, e é dentro disso que a Assocon criou o Programa da Qualidade (PQA) juntamente com a SAI Global. Na área de alimentos, a SAI Global é líder mundial em inspeção, certificação e treinamentos com escritórios na Austrália, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Suíça, França, Hungria, Irlanda, China, Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Tailândia, entre outros. Os serviços prestados são reconhecidos internacionalmente e envolvem todos os elos da cadeia produtiva de alimentos: fornecedores de insumos, propriedades agropecuárias, indústrias processadoras, transportadoras e varejistas.

A Assocon está atualmente com 47 sócios e prevendo um abate de 600 mil animais para o segundo semestre de 2009. As fazendas dos associados estão estrategicamente localizadas próximas as áreas produtoras de grãos e a frigoríficos, estando essas fazendas fora das áreas de grandes conflitos ambientais como a região Amazônica.

Clique na imagem para ampliá-la.

O objetivo da Assocon é assumir a representação dos confinadores junto ao governo, indústria, consumidores e produtores, e discute assuntos variados que vão desde questões ambientas e sociais até questões relacionadas ao SISBOV, utilização de medicamentos, entre outros. Os serviços oferecidos são compostos por clippings de notícias, cotações e pesquisas de mercado, clube de compra, eventos, acordos comerciais com frigoríficos e varejistas, acompanhamento de abates (base de dados) e desenvolvimento de novos projetos. Todo o trabalho é realizado buscando assegurar a qualidade dos processos produtivos, respeitando as questões ambientais, sociais e ligadas a bem-estar animal. Dentro desse sistema a Assocon resolveu criar o PQA.

O PQA busca padronizar o sistema de produção entre os confinamentos associados, obedecendo a requisitos mínimos para que se encaixem nos parâmetros de produção básicos, atendendo as exigências dos mercados consumidores. Através disso, cria-se uma boa imagem para os confinamentos brasileiros preocupados em satisfazer seus mercados consumidores. O PQA é baseado em protocolos amplamente reconhecidos como GlobalGAP, NFAS (Australiano), BPA, Humane Farm Animal Care (baseado em boas práticas com animais) e Cattles Care, todos com adaptações para o mercado brasileiro. Dentro do programa, a SAI Global é responsável por auditar e certificar os confinadores associados.

As auditorias são feitas por auditores independentes da empresa, e nelas são observados 116 pontos de controle caracterizados como Obrigações Maiores (52%), Obrigações Menores (39%) e Recomendações (9%). Sendo assim, os auditores analisam a Gestão de confinamentos, a Segurança do alimento, a Responsabilidade sócio-ambiental e o Bem estar Animal com diversos critérios sendo levados em consideração. Os critérios são:

Gestão: Controle dos processos de produção, auditorias internas, histórico de registros e documentos, elaboração e manutenção de registros do sistema produtivo (Relatório de abate, Plano de abate, Plano nutricional, Relatório de morte), etc.

Segurança do alimento: Manipulação da ração, manejo com animais doentes, correta aplicação de vacinas, controle de produtos químicos, controle do manejo alimentar, não utilização de suplementos de origem animal, antibióticos, promotores de crescimento proibidos pelo MAPA, etc.

Responsabilidade ambiental: Reserva legal obrigatória, ausência de resíduos e lixo, captação de água de fontes sustentáveis, existência de plano gerencial para conservação do meio ambiente, descartes de animais mortos por incineração ou enterro, ciência dos funcionários sobre a legislação ambiental, etc.

Responsabilidade social: Programa de saúde e segurança, procedimentos para registros de acidentes, equipamentos de segurança / roupa de proteção, treinamento dos funcionários, condições de moradia, certificado de competência para funcionários que trabalhem com medicamentos, produtos químicos ou operam equipamentos complexos, identificação de perigos, etc.

Bem estar animal: Instalações (garantia de conforto), sanidade do rebanho, técnicas de manejo racional, assistência especializada para os animais, instruções medicamentosas seguidas à risca, alimento livre e de fácil acesso, agrupamento de animais seguindo critérios que incluam sexo, peso e idade, limpeza e higiene do local onde ficam os animais, etc.

A visão da ASSOCON em relação ao programa se baseia em três etapas: Curto, médio e longo prazo.

Em curto prazo identificam-se os pontos críticos nos confinamentos auditados, mensurando eventuais perdas e busca-se soluções diretamente com a Assocon ou parceiros. Já a médio e longo prazo, o propósito é causar um impacto positivo na imagem da Assocon e dos confinamentos associados, diferenciando o “produto Assocon” no mercado, gerando maior demanda, agregando assim valor ao negócio. Os confinadores são motivados a promover seus produtos e sistemas de produção, seja no mercado interno ou externo.

Uma vez que os confinadores de bovinos se associam a ASSOCON eles buscam melhorar o sistema de gestão de sua produção, posteriormente agregando valor ao seu negócio, buscando melhoria dos custos, remuneração justa dos serviços bem como garantia de longevidade para suas atividades mediante ao atendimento às exigências do mercado.

_______________________________________________________________________
Alexandre Martins é Diretor-Executivo da SAI Global, Diretor-Suplente da ASSOCON e economista com pós-graduação em Administração de Empresas e em Economia Aplicada ao Setor Financeiro.

A Associação Nacional dos Confinadores, ASSOCON, surgiu na década de 80 com o intuito de representar os confinadores de bovinos. Sua origem se relaciona com a atuação do Sindicato Nacional dos Pecuaristas de Corte, SINDIPEC. Com a mudança do SINDIPEC para Goiânia, a ASSOCON permaneceu em São Paulo e reduziu seu quadro de associados. Passou a se chamar ANAPECC, adotando uma postura de representante da cadeia do couro e da carne. Entre 2002 e 2005 ficou completamente parada e em agosto de 2005 foi reativada com contribuições de 10 sócios, recuperando assim seu antigo nome e o foco nos confinadores de bovinos. Com uma postura atuante na esfera Institucional, de Serviços e de Imagem, a ASSOCON tem conseguido diversos benefícios aos seus associados. A missão da Associação é agregar valor ao negócio dos confinadores de bovinos, buscando melhoria dos custos e remuneração justa dos serviços.

A SAI Global oferece normas, conformidade e soluções para melhoria de negócios, ajudando a cumprir os requisitos que dão forma ao seu mundo de negócios. A SAI Global é uma empresa listada entre as 300 principais no mercado de ações australiano (ASX) com um valor de mercado de mais de R$ 780 milhões. Possui uma divisão especializada em alimentos – Foco das Operações no Brasil. A missão da empresa é ser o líder mundial em prestação de serviços de garantia no setor de alimentos, cobrindo a cadeia de alimentos completa, desde fazendas até grandes varejistas.