Com o atraso no repasse de R$ 8 milhões referentes à restituição de créditos de PIS-Cofins, os processadores de couro do norte do Paraná ameaçam demitir parte dos funcionários. Na região, existem 10 curtumes, sendo três exportadores. Alguns estudam até a possibilidade de mudar de estado.
Sem a devolução, as empresa ficam em situação desfavorável em relação a outros estados e ainda não têm capital para investir, segundo o presidente da Apucacouros, Umberto Cillião Sacchelli.
Hoje, a empresa paga o PIS-Cofins (as alíquotas somam 9,25%) de cada produto comprado internamente, mas como a exportação é isenta desses impostos, o valor é restituído. A Apucacouros tem um total de R$ 3,2 milhões de créditos para serem devolvidos, desde 2003.
De acordo com o delegado da Receita Federal em Londrina, Sérgio Gomes Nunes, ocorreu um estoque de processo de restituição de PIS-Cofins, ocasionado principalmente por causa da greve dos auditores fiscais, o que provocou morosidade do órgão. ”Fora isto, ainda ocorre que a Receita é bastante criteriosa na avaliação dos processos de restituição, já que geralmente são valores milionários”, esclareceu em reportagem de Érika Zanon para a Folha de Londrina.