Os proprietários das sete fazendas do Paraná que tiveram focos de febre aftosa confirmados, decidiram em reunião realizada ontem no Centro de Ensino Superior de Maringá (Cesumar), sacrificar os seus rebanhos, solucionando o impasse técnico surgido desde o anúncio do primeiro foco, segundo nota publicada pelo Mapa.
Para aceitar o abate, entretanto, os proprietários condicionaram o sacrifício à realização da necrópsia nos animais sorologicamente reagentes. Os materiais coletados serão encaminhados ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) para investigação sanitária. O resultado dos exames, caso seja negativo para a doença, poderá servir para uma futura ação judicial contra o Mapa, de acordo com reportagem de Lyrian Saiki para o Paraná On Line.
Segundo notícia da Agência Estadual de Notícias, o governador Roberto Requião autorizou ontem a liberação de recursos no valor de R$ 786.200,00 para cobrir os gastos com o sacrifício sanitário dos 6.412 animais. Estes recursos somam-se ao pessoal de apoio e equipamentos já disponibilizados pelas prefeituras dos municípios onde estão localizadas as propriedades.
O diretor-geral da Seab, Newton Pohl Ribas, informou que agora a Comissão de Avaliação, Taxação e Sacrifício irá até as propriedades para fazer a contagem, pesar os animais e, com base no preço de mercado da arroba, definir os valores das indenizações.
Ribas informou também que o advogado da fazenda Cachoeira, Ricardo Rocha Pereira, concordou em retirar da Justiça a liminar que exigia o depósito prévio da indenização. “Ficou decidido que nenhum dos proprietários vai entrar com liminar na Justiça para impedir o sacrifício. E quem entrou, deverá retirar a ação”, afirmou o diretor.
O abate sanitário deve começar na segunda-feira, dia 27, informou nesta quinta-feira à noite o secretário estadual de Agricultura, Orlando Pessuti, em notícia de Marisa Boroni Valério, para a Gazeta do Povo.