O vice-governador e secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, participou ontem, em Toledo, do Fórum Paraná Sem Febre Aftosa. O evento, realizado no Centro de Convenções Ismael Sperafico, serviu para o lançamento da campanha de vacinação contra aftosa, que será realizada no período de primeiro a 20 de maio.
De acordo com o secretário, no ano passado o Estado registrou a imunização de 98% do rebanho – formado por 9,8 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. O Paraná é considerado área livre da doença com vacinação. O núcleo da Seab de Toledo, informou que esta será a última campanha realizada no Estado. Se a totalidade de animais existentes for imunizada, o Paraná poderá obter da Organização Internacional de Epzootias (OIE), o status de área livre de aftosa sem vacinação. Há 10 anos o Paraná não registra casos da doença.
Orlando Pessuti anunciou durante o evento o fim da cobrança da taxa de R$ 0,25 por cabeça imunizada. O presidente da Federação da Agricultura do Paraná e do Fundo do Desenvolvimento Agropecuário do Estado, Ágide Meneguette, disse que, durante dois anos, os pecuaristas recolheram a taxa para formar um fundo com o objetivo “único e exclusivamente, se houvesse necessidade de intervenção para debelar focos de aftosa e indenizar produtores que tiveressem animais sacrificados”. O Fundo arrecadou durante este período R$ 11,6 milhões, em conta bloqueada, sendo R$ 9,66 milhões para defesa do rebanho bovino. Ainda de acordo com ele, apesar da taxa ter sido extinta, isso não significa que os criadores podem deixar de vacinar. “Não há mais a cobrança mas a vacinação precisa e deve continuar sendo feita”, diz Meneguette. Orlando Pessuti, reforçou o alerta dizendo que no Paraguai foram registrados focos da doença recentemente. Como o Paraguai está muito próximo da fronteira paranaense, os criadores precisam continuar vacinando os rebanhos. Pessuti lembrou ainda que, para o produto paranaense ter aceitação no mercado externo, os produtores precisam manter a vacinação do rebanho. “Não dá para descuidar”, ressalta.
Para reforçar o trabalho já realizado no Estado o presidente do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário, revelou que pediu ao governador Roberto Requião a contratação de mais técnicos para a defesa sanitária, para atuar principalmente nos postos localizados próximos a divisas e fronteiras, onde a entrada do vírus possa ser facilitada. Há cinco anos o Paraná só exportava carne de frango. Em 1999, o Estado exportou 10 mil toneladas de carne bovina e 8,5 mil toneladas de carne suína, no valor de US$ 19 milhões. No ano passado, a comercialização para o mercado externo destes dois itens foi de 80 mil toneladas, chegando a US$ 105 milhões. Para este ano, a perspectiva de exportação é bem superior aos números já registrados. O secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, destacou ainda a necessidade de os criadores promoverem a rastreabilidade dos animais.
Fonte: Gazeta do Paraná (por Rosângela Servilheire), adaptado por Equipe BeefPoint