Remate Tellechea fatura R$ 577 mil
10 de novembro de 2005
PR: Mapa reduz área de risco sanitário
16 de novembro de 2005

PR: normalização da exportação pode demorar até 6 meses

O resultado negativo dos exames realizados pelo Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário), que descarta a existência de focos da febre aftosa no Paraná, não deve ser suficiente para suspender os embargos internacionais à carne paranaense. O mercado nacional deve ser restabelecido de imediato, mas as exportações só voltarão à normalidade num prazo entre três e seis meses. A informação é de Valmir Kowalewski de Souza, superintendente estadual do Mapa, que ontem participou de um evento sobre sanidade avícola, em Maringá.

A demora do ministério para divulgar o laudo de maneira oficial deverá contribuir para o retardo na retomada das exportações. Somente às 18h de ontem – mais de 24 horas após a conclusão do laudo pelo Lanagro -, a Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) recebeu cópia do relatório.

Para que o estado volte a ser declarado área livre de febre aftosa com vacinação, o rebanho situado nas áreas onde surgiram as suspeitas da doença precisa ser submetido a novos exames sorológicos. Além da contraprova no gado dessas fazendas – localizadas nos municípios de Loanda, Grandes Rios, Amaporã e Maringá -, os animais das propriedades num raio de dez quilômetros desses pontos também devem ser submetidos à sorologia.

Os pecuaristas foram orientados a não vacinar o gado na segunda etapa de imunização, que se realiza entre 1o e 20 deste mês. Caso algum produtor tenha vacinado, terá que informar esse procedimento no momento da coleta do material para exame. Isso é importante para a interpretação do diagnóstico. O resultado pode revelar se o vírus está presente, mas também apontar apenas uma reação dos anticorpos originários da vacina. As propriedades sujeitas aos exames sorológicos serão definidas por amostragem, por meio de sorteio. Trata-se de um exame qualitativo.

O superintendente do Mapa explicou que, mais do que descartar a existência dos focos, é preciso mapear o episódio e esclarecer a situação que deu origem à suspeita. “Precisamos saber o que levou a confundir os sintomas e identificar se foi uma estomatite ou outra doença vesicular”, disse Kowalewski, justificando a necessidade de monitoramento e a realização das contraprovas nas áreas consideradas de risco.

Os prazos e procedimentos seguem normativas da OIE e a estimativa para que a situação das exportações volte ao normal em três meses é otimista. Esse período pode se estender por até seis meses. Tudo vai depender das restrições e da confiança dos importadores, além da necessidade que eles terão de atender seu consumo interno com a carne brasileira.

Fonte: Gazeta do Povo/PR (por Giovani Ferreira), adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.