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PR: pressões podem ter motivado confirmação

Fontes ligadas ao segmento, ouvidas pela reportagem do jornal Folha de Londrina, apontam duas razões para a decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em confirmar foco de aftosa no Paraná: pressões internacionais e nacionais, de grandes frigoríficos.

”A OIE (Organização Mundial de Defesa Animal) teria pressionado o Brasil para declarar aftosa no Paraná. Com a credibilidade da defesa sanitária em xeque, a decisão tomada pela União Européia seria embargar toda a carne brasileira”, disse um pecuarista.

Pressões internas também podem ter tido alguma influência, uma vez que os contratos assumidos por frigoríficos paranaenses serão repassados, pelo Mapa, a outras empresas localizadas em outros estados. ”Agora, que critérios o ministério adotou ninguém sabe. É uma caixa preta”, afirmou o economista do Sindicato das Indústrias Exportadoras de Carne (Sindicarne), Gustavo Fanaya. Certamente, segundo ele, haverá uma realocação de todo o mercado e, com isso, poderiam ser beneficiados o Mato Grosso, Goiás e Rondônia.

Fonte: Folha de Londrina/PR (por Fernanda Mazzini), adaptado por Equipe BeefPoint

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  1. Ari Jose Fernandes Lacorte disse:

    É triste verificar que o Brasil ainda tem forte carência de credibilidade em todos os níveis.

    Já vimos um ex-governador de estado ganhar uma eleição “montado no preço boi gordo”. Mais uma vez um problema técnico virá político em prejuízo generalizado a pecuária de corte e ao país.

    Conversei hoje com um renomado diretor de frigorífico exportador. O estrago da aftosa poderá ser bem maior do que alguns otimistas dizem por aí.

    Minha sugestão é:

    Roberto Rodrigues e Requião devem, por hombridade que devem ao cargo que ambos ocupam darem as mãos publicamente, dirimirem o imbróglio sobre a aftosa no Paraná ou no raio que o parta e, com apoio de todos os governadores e prefeitos do Brasil aprovarem uma estratégia conjunta e permanente de combate à aftosa, com pecuaristas, frigoríficos a laboratórios respaldando uma ação estratégica permanente de combate à febre aftosa.

    É triste ver e o setor a deriva, sem lideranças de qualidade que esbocem uma reação a altura, que qualifique o país, de fato, como verdadeiro líder mundial no segmento de carnes.