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Em nota distribuída a imprensa na sexta-feira, o Sindicarne (Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados” do Paraná nega que tenha ocorrido a suspensão da venda de carne paranaense nas grandes redes varejistas do país em função da suspeita, ainda não confirmada, da ocorrência de focos da febre aftosa no estado. O Sindicarne considera a decisão equivocada, infundada, irresponsável, alarmista e antipatriota.

Eis a nota do sindicato na íntegra:

A cadeia produtiva da carne bovina paranaense foi surpreendida com a suspeita, ainda não confirmada, da ocorrência de focos de febre aftosa no rebanho paranaense, através de animais comprovadamente originários do estado do Mato Grosso do Sul. Todas as medidas sanitárias recomendadas internacionalmente estão sendo implementadas pelas autoridades de defesa sanitária do Governo do Paraná e pelo Ministério da Agricultura, no sentido do isolamento total dos animais suspeitos e, havendo confirmação laboratorial, a imediata eliminação dos rebanhos contaminados.

Este é um momento que exige serenidade e, principalmente, ponderação. Qualquer mudança de postura por parte dos agentes econômicos envolvidos na cadeia produtiva da carne bovina (do pecuarista ao consumidor) exige responsabilidade, informação e senso crítico sobre as suas conseqüências imediatas e futuras.

A indústria da carne aqui estabelecida, através do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná, vem a público demonstrar sua indignação com as informações divulgadas pela imprensa da suspensão da venda de carne paranaense por grandes redes varejistas nacionais. Trata-se de decisão equivocada, infundada, irresponsável, alarmista e antipatriota.

É equivocada porque não possui qualquer base científica; infundada pela ausência risco à saúde humana; irresponsável por não levar em conta os potenciais danos econômicos e sociais que acarreta; alarmista por encorajar o consumidor a uma atitude restricionista em relação ao um produto seguro e antipatriota por prejudicar a imagem da carne bovina brasileira internacionalmente.

Tal atitude, em suma, alimenta a desinformação generalizada sobre a questão e, em sendo levada a efeito também nas lojas destas redes estabelecidas dentro do Paraná, poderá inviabilizar boa parte das indústrias estabelecidas neste estado, que já enfrentam restrições em suas vendas internacionais e interestaduais.

Conclamamos os estabelecimentos varejistas paranaenses a adotarem uma postura firmemente comprometida com o nosso estado, conscientes de que possuímos o mais bem estruturado e eficiente sistema de defesa sanitária do Brasil. Podemos não ter o maior rebanho do país, mas temos o melhor, de elevadíssimo padrão genético, que garante à mesa do consumidor um produto seguro e de insuperável qualidade. Essa é a verdade que precisa ser transmitida ao consumidor. Com segurança e responsabilidade.

É um momento de parceria, de união dos paranaenses. Hora de avaliar a situação daqueles que vivem de produzir a carne que alimenta o Paraná. Gente do campo, que cria e aprimora o nosso rebanho, e que depende da venda de seus animais para garantir o seu sustento. Gente das cidades, que trabalha na industrialização e distribuição da nossa carne. Dezenas de milhares de paranaenses não merecem ser punidos por restrições injustificáveis. Não podemos permitir que isso aconteça

Fonte: Agência Estadual de Notícias/PR, adaptado por Equipe BeefPoint

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