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Pratini acredita que atentados terroristas não prejudicarão negócios

Durante a apresentação do Plano Agrícola e Pecuário 2001, o ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, afirmou aos produtores brasileiros que não acredita que os atentados terroristas nos Estados Unidos prejudicarão as exportações agrícolas. Ao contrário, ele acha que “a crise pode abrir novos mercados para o Brasil”. Ele respondeu perguntas de agropecuaristas de todo o País pelo sistema de videoconferência realizada na sede da Embrapa, em Brasília.

Segundo Pratini, alguns embarques para os Estados Unidos sofreram atrasos, como é o caso do açúcar oriundo de alguns estados nordestinos. “Mas ainda não registramos prejuízos, até porque, mesmo em tempos de crise, a população não pode deixar de se alimentar.” Durante a apresentação, Pratini de Moraes também defendeu uma estratégia de marketing mais agressiva no comércio internacional.

Pratini destacou a postura das empresas Sadia e Perdigão, que criaram em abril a BRF Trading Company, empresa comercial que nasceu para incrementar as vendas de carnes suína e de aves em mercados emergentes. Segundo o ministro, a BRF, que será lançada em Moscou no próximo dia 28, tem como alvo os mercados da Rússia e países vizinhos (do leste europeu), Egito, África do Sul, Angola, América Central, Irã, Jordânia e Iraque, dentre outros. Juntos, esses países formam um mercado estimado entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,5 bilhão.

Pratini afirmou que outros produtos podem ganhar terrenos nesses mercados emergentes, uma vez que o Brasil tem qualidade e sanidade para que isso ocorra. Sobre o Mercosul, disse que o bloco precisa de um “jogo da verdade”, mas ressaltou, também, que o Brasil não pode complicar mais ainda a situação da Argentina neste momento.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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