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Pratini aposta em faturamento maior nas exportações

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, não acredita que a interrupção das exportações de carne bovina brasileira pela União Européia gere grandes impactos para a receita de vendas externas do produto. A expectativa dele é que o faturamento do setor cresça 15% neste ano em relação a 2007, chegando a US$ 5 bilhões. Parte do resultado será atribuída à valorização dos preços.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes, não acredita que a interrupção das exportações de carne bovina brasileira pela União Européia gere grandes impactos para a receita de vendas externas do produto. A expectativa dele é que o faturamento do setor cresça 15% neste ano em relação a 2007, chegando a US$ 5 bilhões. Parte do resultado será atribuída à valorização dos preços.

O mesmo não acontecerá com o volume de vendas, que deverá apresentar uma redução entre 5% e 10% em relação a 2007, baixando para um total de 2,3 milhões de toneladas em equivalente-carcaça. Segundo Pratini, a queda se deve à redução da oferta de bois para abate no mercado interno e ao crescimento do consumo doméstico.

Pratini de Moraes enfatizou que o Brasil tem mantido exportações para 180 países, com a ampliação das vendas para Rússia, Hong Kong, Venezuela, Norte da África, China e Indonésia. “Ninguém manda na carne brasileira a não ser o Brasil. Se a União Européia não quiser, nós temos 180 mercados”, disparou, segundo reportagem do Jornal do Comércio/RS.

O ex-ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Moraes, assumiu o cargo de consultor do Grupo JBS-Friboi. Apesar de já estar trabalhando no JBS, Pratini de Moraes continua na presidência da Abiec até que a nova diretoria seja definida.

0 Comments

  1. José Roberto Bruno Filho disse:

    O Brasil é realmente o grande exportador mundial de carnes e possui competitividade infinatamente superior aos seus concorrentes, no que tange a custos associados com qualidade, sem falar que ainda temos grande potencial de crescimento, porém o mercado europeu é fundamental para o crescimento sustentável das exportações a médio e longo prazo, tanto pelo volume mas essencialmente pelo valor agregado Temos que ser rigorosos na forma de pensar e não arrogantes. Não podemos dar passos para trás e sim passos para frente no que tange a rastreabilidade, “status sanitário” e quebra de barreiras. Fazer cada vez melhor o nosso dever de casa, que ainda pecamos, e desta forma negociar com autoridade e segurança para além de recuperar a União Européia, trabalhar EUA, Japão e México, que seriam novas fronteiras no que tange a demanda por carnes de valor agregado no mercado mundial!

  2. Claudio Alberto Zenha Carvalho disse:

    O maior melhor e mais competente dirigente da pecuária brasileira de corte. Pratini fala sempre com propriedade e acêrto e com uma visão lúcida de mercado.

  3. josé antonio helena castilho disse:

    Ótima, se todos penssasem assim. A solução é uma só, união da classe.

  4. Rodrigo Belintani Swain disse:

    Agora sim!

    “Se a União Européia não quiser, nós temos 180 mercados”.

  5. Marcos Francisco Simões de Almeida disse:

    Acredito que a UE é de suma importância para o Brasil, embora nos traga tantas perturbações: Seja porque os seus padrões de cobrança e de exigências de hoje serão as do resto do mundo amanhã; seja porque o preço melhor nos remunera, melhora nossa rentabilidade; e, dentre tantas outras vantagens, seja até mesmo porque 181 é melhor do que 180.
    Não devemos argumentar com arrogância as exigências da UE e sim ter a humildade em reconhecer que os padrões brasileiros de produção e consumo deixam muito a desejar!
    Brasileiros, não se iludam com posturas otimistas exageradas! Estamos longe dos padrões internacionais de produção e consumo. Será que devemos nos preocupar apenas com o atendimento do mercado interno, que não nos remunera como deveria?
    Por outro lado: Mesmo no atual nível de preços da “@” quem está satisfeito com a rentabilidade da carne vendida no mercado interno? O brasileiro tem condições de pagar R$85,00 pela arroba da carne brasileira? (US$53,00/@) E se esta cotação subir para os US$60,00/@ como estão prevendo?
    Até quando continuaremos a “facilitar” a mesa do brasileiro? E se o dólar continuar caindo? Será que nos restará vender só para o mercado interno? O mercado interno tem condições de absorver toda essa carne? A que preço?
    Mercado externo é para profissional, é coisa séria, é “briga” por grandes interesses, não é uma aventura como o é o atendimento do mercado interno.
    Para terem uma idéia da diferença de produto e saberem o que é realmente uma boa carne, basta comparar a carne servida na mesa de um brasileiro com a servida na mesa de um europeu, de um japonês, ou até mesmo de um argentino.
    O problema da baixa renda do brasileiro o faz comer o produto carne de baixa qualidade e não devemos preconizar o nosso padrão de produção como uma vantagem marginal.
    “Viva o mercado externo e de modo especial a UE”, pelo menos até quando aceitarem o nosso produto e a cotação do dólar permitir. (há mais de 12 meses, as quantidades físicas exportadas, têm quedas constantes em relação ao ano anterior).
    Estes são os nossos reais desafios! Logo: Mãos à obra com os pés no chão! Sem exageros!
    Já dizia Ibrain Sued: “Cuidado: cavalo não desce escada” (nunca antes na história desse país cavalo desceu escadas, hoje até já está descendo!)
    Abraços a todos,
    Marcos Simões