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Pratini critica política cambial do governo

O presidente da Abiec, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, criticou duramente a postura do governo federal de não intervir no câmbio atual. Segundo ele, o Brasil já vai sentir no segundo semestre os efeitos da desvalorização do dólar. “Teremos menos exportações, certamente”, afirmou em entrevista após participar do XVII Fórum Nacional no Rio de Janeiro.

Segundo ele, além de vários setores, o agronegócio será extremamente prejudicado pela defasagem cambial. Além disso, aponta Pratini, a safra do próximo ano também deverá estar comprometida por conta do dólar, já que o produtor estará descapitalizado. “Em país pobre, o dólar tem sempre que ser caro para estimular exportação, mercado interno e turismo. A questão sempre é saber se é mais barato viajar para Salvador ou para Miami. Isso aconteceu em 1999 e se a resposta for como era lá e está sendo hoje, viajar para Miami, significa que temos um problema”, argumentou.

O ex-ministro não quis especificar um patamar ideal para o câmbio, mas afirmou que “qualquer coisa abaixo de R$ 2,70 é péssimo”. Ele acredita que para manter a rentabilidade do produtor rural e as exportações, o dólar deve ficar em R$ 3.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Kelly Lima), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Valdemir Lázaro Pereira da Silva disse:

    O Pratini tem razão quando diz que com o dólar caindo, caem as exportações, porém ele deve lembrar que o produtor rural tem é que agradecer por que quando o dólar estava em alta os insumos ficaram mais caros.

    Nessa brincadeira, ganhou os frigoríficos que compraram barato e venderam caro, ganhou os fornecedores que tiveram sua margem de lucro maior.

    Desde a alta do cambio em 1999 até hoje só quem paga a conta é o produtor rural. Agora o Sr. Pratini defendendo interesses dos frigoríficos, fica dizendo que o produtor vai ficar descapitalizado.

    Se o senhor não sabe, já estão descapitalizados há muito tempo. O problema agora é o grupo o qual o senhor defende, está ganhando menos.