O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, entrega hoje (18), no auditório do ministério, os primeiros certificados de habilitação para o rastreamento bovino e bubalino, implantado por intermédio do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Serão habilitadas quatro empresas: Planejar (RS), Gênesis (PR), Certificações Brasil (SP) e Serviço Brasileiro de Certificação (SP).
O coordenador do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antenor Nogueira, informou que hoje mesmo deve assinar convênio com a Planejar Processamento de Dados para que a empresa opere a certificação no sistema CNA.
O serviço será colocado à disposição dos pecuaristas de todo o País por meio das 27 federações de agricultura, dos 1.270 sindicatos rurais e 30 associações de criadores que compõem o sistema CNA “Utilizando essa enorme capilaridade, infra-estrutura e logística do sistema, vamos conseguir uma redução de mais de 30% do custo da rastreabilidade para o produtor”, afirma Nogueira.
Adesão
Antenor Nogueira ressalta que um dos aspectos positivos da rastreabilidade brasileira é o da livre adesão, isto é, o pecuarista não será obrigado a contratar uma certificadora para o seu rebanho. “Isso é importante, porque a rastreabilidade não sendo compulsória, o produtor só vai adotá-la se o frigorífico exportador se dispuser a pelos menos repor os seus custos”, diz o coordenador do fórum. Ele critica o desinteresse até agora demonstrado pela maioria dos frigoríficos exportadores, que apesar de convidados, não comparecem às discussões sobre a rastreabilidade, “provavelmente para não assumirem qualquer ônus”.
Ele lembra que o fórum vai promover palestras por todo o País para informar e esclarecer os pecuaristas sobre todos os detalhes da certificação de bovinos. “Estamos preocupados, por exemplo, com empresas que querem se aproveitar da oportunidade para vender suas tecnologias eletrônicas de identificação de animais. Queremos que o produtor saiba que não está obrigado a se sujeitar a qualquer tecnologia em especial. Ele pode identificar seus animais por marca a fogo, tatuagem, brinco, piques na orelha ou chip eletrônico, a que lhe parecer mais conveniente”, diz.
Para o coordenador do fórum, o importante é que o pecuarista encontre uma técnica eficaz para identificar o animal ou lote de animais, para associar a ele as informações exigidas pela rastreabilidade e explica que a informação sobre a origem do animal é importante, porque, devido ao mal da vaca louca, não se pode exportar carne de bovino importado da Europa, nem produto de inseminação ou cruzamento com animais daquele continente.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e O Popular/GO (por Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint