Em visita aos Estados Unidos, o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, entregou ontem à secretária de Agricultura norte-americana, Ann Veneman, um relatório sobre a febre aftosa no Brasil. Segundo ele, o documento, que atesta a eliminação da doença em 80% do rebanho brasileiro, pode abrir o caminho para o início da exportação de carne fresca para os EUA.
“Nossa carne é magra e orgânica, gera grande interesse entre os importadores dos EUA e aguardamos uma decisão positiva ainda este ano”. Ainda hoje, Pratini se reunirá com o diretor do Meat Importers Council of America, entidade que representa os maiores importadores de carne dos EUA.
Durante a reunião de pouco mais de uma hora, em Washington, Pratini disse à secretária norte-americana que o Brasil considera a Lei Agrícola, aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionada pelo presidente George W. Bush, “um passo atrás em relação ao que combinamos no lançamento da nova rodada de negociações da Organização Mundial de Comércio, em Doha”.
Pratini afirmou que a Farm Bill, lei que aumenta substancialmente o apoio federal à agricultura nos Estados Unidos, “está na contramão na avenida do comércio em relação a três objetivos acordados em Doha: a eliminação gradual dos subsídios à exportação, a revisão de apoio interno que resulta na depressão dos preços internacionais de commodities e o acesso a mercados”.
Veneman respondeu que os EUA continuam totalmente comprometidos com os acordos alcançados em Doha, o que inclui a negociação agrícola, conforme relatou Pratini de Moraes.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint