Preocupado com o difícil acesso da carne brasileira na União Européia, o presidente da Abiec, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, acha que o Brasil precisa adotar medidas para avançar nas negociações entre o Mercosul e a União Européia com objetivo de corrigir algumas assimetrias existentes no mercado, especialmente no de carne bovina.
Preocupado com o difícil acesso da carne brasileira na União Européia, o presidente da Abiec, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, acha que o Brasil precisa adotar medidas para avançar nas negociações entre o Mercosul e a União Européia com objetivo de corrigir algumas assimetrias existentes no mercado, especialmente no de carne bovina.
Segundo ele, o Brasil exporta para o bloco europeu cerca de 200 mil toneladas de carne por ano com uma tarifa de 176%. Apenas 5 mil toneladas entram no continente europeu com uma tarifa diferenciada, dentro da chamada Cota Hilton. “Isso faz com que a tarifa média para carne brasileira seja de 160%”, afirmou.
O avanço das negociações entre os blocos poderia criar uma padronização para as tarifas cobradas sobre produtos. “Se não avançar, sugiro que iniciemos as negociações diretas entre Brasil e União Européia”, disse.
Segundo reportagem do Estadão/Agronegócios, Pratini propôs também a unificação de eventuais restrições sanitárias impostas aos países membros do Mercosul. Segundo ele, o embargo imposto pela União Européia às exportações de carne brasileira com o surgimento da febre aftosa este ano atingiu os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Quando aconteceu na Argentina, o embargo europeu atingiu apenas cinco municípios. Não unificar esses padrões significa criar mais restrições”, disse.