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Prazo para inclusão em novo Sisbov não será prorrogado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não vai prorrogar o prazo de migração do antigo para o novo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Portanto, os pecuaristas têm até 31 de dezembro para se inscrever no sistema atualizado.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não vai prorrogar o prazo de migração do antigo para o novo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Portanto, os pecuaristas têm até 31 de dezembro para se inscrever no sistema atualizado.

“A partir daí, quem não migrou para o novo sistema vai perder todo o trabalho realizado, inclusive a brincagem do gado, e terá de reiniciar todo o processo”, advertiu o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Marcio Portocarrero.

Por isso, ele recomendou aos pecuaristas que aproveitem a 2ª etapa de vacinação contra a aftosa para credenciar as propriedades junto a uma certificadora e identificar todos os animais, já que vão passar pelo brete para receber a dose.

Portocarrero lembrou ainda que o foco principal do novo Sisbov é a propriedade rural. É ela que será certificada e ficará responsável pela identificação de todos os animais, do nascimento ao abate. Além disso, serão exigidos registros do manejo sanitário e zootécnico dos animais (bovinos e bubalinos) e realização de pelo menos duas auditorias por ano nas propriedades aprovadas.

Segundo informações do Mapa, no modelo antigo podiam conviver, numa mesma propriedade, animais rastreados e não rastreados, exigindo-se para os primeiros uma permanência de 40 dias. No novo sistema isso não será permitido.

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  1. Hildebrando de Campos Bicudo disse:

    Tenho uma dúvida, a propriedade de recria e engorda poderá comprar bezerros de uma propriedade não rastreada? Caso negativo, acredito que não haverá bezerros suficientes para abastecer estes invernistas, ou o preço, devido a pouca oferta inviabilizará a atividade.

  2. Frederico José Souto de Freitas disse:

    Ótima explicação do colega Roberto ao colega Hildebrando.

    Porém, a preocupação do Hildebrando faz sentido sim. Pelo menos na nossa região a adesão ao ERAS por parte dos produtores de bezerros é ínfima, o que nos leva a crer que, mais uma vez, os prazos para essa categoria se adequarem ao sistema, serão extendidos. Mais uma vez se observará que os mais prudentes e conscientes terão seu dinheiro jogado pela lata do lixo.

    Digo isso porque, da outra vez quando se obrigou o rastreamento, muitos pecuaristas produtores de bezerros rastrearam seus rebanhos com a promessa de ter o seu produto mais valorizado no futuro e “deram em águas de barrela”, pois o seu produto valia a mesma coisa daqueles que não eram rastreados.

    Além disso, o que mais preocupa são os pequenos produtores que possuem ali 10 vaquinhas e vendem os seus bezerros aos pecuaristas de recria. Será que para esses produtores os R$10,00 informados pelo colega Roberto não irão pesar no orçamento? E qual será o “lucro” que esse criador terá ao vender esse bezerro no futuro? Será que ele conseguirá pelo menos a metade do que o terminador consegue, ou seja R$25,00?

    Para o pecuarista de recria e o invernista também o quadro é preocupante pois, como se sabe, o lucro se consegue na compra e não necessariamente na venda. Desde sempre essas categorias estão acostumadas a comprar “picado” os bezerros de apartação, 5 aqui, outros 10 ali e assim por diante. Com essa obrigatoriedade de se comprar os animais ERAS, ou ele ajuda a formar opinião recomendando aos seus fornecedores a adesão ao ERAS, ou ele fatalmente cairá nas mãos dos fornecedores grandes, que controlarão os preços dos animais de reposição.

    Além disso tudo, devemos analisar o abate indiscriminado de matrizes, sendo os dados oficiais o número absurdo de 10 milhões de fêmeas nos últimos anos, isso sem contar os dados extra-oficiais (Frigo Mato) que devem exceder esse número em muito pois, segundo os dados oficiais, mais de 56% dos animais são abatidos clandestinamente no Brasil.

    O governo perde a oportunidade de colocar todo mundo no sistema por uma questão muito simples: publicidade, ou a falta dela. Um país que gasta horrores com publicidade de uma coisa que só ele controla (vide as propagandas da Petrobrás e da Infraero) e não despende um só centavo para orientar e esclarecer os produtores rurais da necessidade de se rastrear e os seus benefícios, não pode ser considerado um país sério, verdade seja dita!

    Quanto à recomendação do Sr. Márcio Portocarrero de que os produtores aproveitem a vacinação contra a aftosa para regularizar a situação, é ótima. Porém, esse curral com brete que ele cita na recomendação é peça rara, pelo menos na nossa região. Ou aqui é muito diferente, ou o lugar que o Sr. Portocarrero está acostumado a visitar é que é.

    É isso que eu acho…

  3. Aluisio Villela Diniz Junqueira disse:

    Caros,

    Informo que pelo calendário do Sisbov, as propriedades consideras ERAS (estabelecimento rural aprovado no Sisbov), poderão ainda receber animais não rastreados até 31/12/2008, sendo que as mesmas devem rastreá-los (brincar, informar a certificadora) dentro de um prazo de trinta dias a contar da data da GTA.

    Att,

    Aluisio Junqueira