Síntese Agropecuária BM&F – 30/01/03
30 de janeiro de 2003
Ministro insiste no aumento da cota Hilton
3 de fevereiro de 2003

Preço da arroba se mantém em GO

Ao contrário das previsões iniciais, de que a arroba do boi gordo em Goiás não deveria ultrapassar os R$ 50,00, as cotações chegaram a até R$ 61,00, no caso do gado confinado. Mais surpreendente ainda é que os valores se mantêm ao redor dos R$ 53,00, um patamar considerado elevado para essa época do ano, quando o mercado já recebe oferta considerável do boi de pasto.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes do Estado de Goiás (Sindicarne), José Magno Pato, entre os fatores que explicam essa estabilidade dos preços do boi estão a manutenção de um fluxo normal de exportações de carne, o equilíbrio da oferta do produto no mercado interno e um maior ajustamento na disponibilidade de animais para abate, em função da redução do confinamento em 2002. Segundo ele, a tendência de estabilidade nas cotações da carne bovina deve perdurar pelo menos até a próxima entressafra.

Magno Pato diz que, ao contrário do que sempre acontecia, nesse final de ano não houve redução nas exportações de carne, que podem até mesmo ter aumentado, em função da abertura de novos mercados no Oriente Médio e Rússia. “As vendas para Egito, Israel e Rússia ainda tiveram a vantagem de que, em grande parte, foram de dianteiros desossados, o que ajudou no enxugamento do mercado interno”. Esse sempre foi o gargalo para a pecuária de corte brasileira, pois as exportações se constituem de alguns cortes especiais, que não passam de 20 ou 30 quilos por animal.

Para o presidente do Sindicarne, isso significa que quanto mais se exportava, mais carne era disponibilizada para o mercado interno, gerando uma superoferta e a conseqüente retração dos preços. “Tivemos uma situação extrema no ano atrasado, em que o preço do couro era mais elevado que o da carne dianteira”, disse. Segundo ele, caso o País consiga continuar aumentando as exportações do dianteiro desossado será consolidado um cenário positivo para a pecuária brasileira de corte nos próximos anos.

Fonte: O Popular/GO (por Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.