O fechamento de frigoríficos reduziu a oferta de carne bovina no mercado e provocou uma reação nos preços recebidos pelas indústrias na última semana. Apesar da recuperação, os frigoríficos ainda trabalham com margens apertadas. Além disso, o balanço do quarto trimestre dos frigoríficos, divulgado nos últimos dias, mostra aumento geral no endividamento das companhias do setor.
O fechamento de frigoríficos reduziu a oferta de carne bovina no mercado e provocou uma reação nos preços recebidos pelas indústrias na última semana.
Apesar da recuperação, os frigoríficos ainda trabalham com margens apertadas. Além disso, o balanço do quarto trimestre dos frigoríficos, divulgado nos últimos dias, mostra aumento geral no endividamento das companhias do setor, o que mantém a desconfiança de credores e pecuaristas.
No começo de janeiro, a arroba do boi estava cotada em R$ 87 em São Paulo. Chegou a bater R$ 77 em 18 de março, a menor baixa do ano, quando voltou às lentas recuperações, até fechar ontem em R$ 79,50.
Já a carcaça casada bovina, ou seja, o produto principal comercializado pelo frigorífico, iniciou o ano negociada em R$ 86,06 (equivalente arroba), iniciou desde então sucessivas quedas até atingir a maior baixa no ano, R$ 69,77, em 24 de fevereiro. Desde lá, a carcaça vem de recuperação e, em uma semana, atingiu R$ 76,88, alta de 10%.
“Neste momento a carcaça deu uma recuperada, mas esse mercado passa o tempo todo por altos e baixos”, diz Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo). Além disso, segundo ele, os frigoríficos continuam trabalhando em dificuldades, mesmo com a menor concorrência, pois a capacidade ociosa continua alta e a oferta de gado restrita.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Como sempre a equipe do BeefPoint está de parabéns pela exatidão dos dados e revelando um lado do mercado que até pouco tempo era obscura a nós.
Sobre estes dados, despertam uma realidade desta crise que não deixou de afetar o campo, o produtor rural não sabe se o seu boi vai ter o que comer amanhã. Não sabe realmente se vai receber do seu comprador amanhã. Mas, na minha opinião, a grande chave da crise está no investimento. Na venda com um certo risco, mas com juizo, é claro. Acredito que esta situação veio de encontro a nossa razão, é hora de se mostrar mais brasileiro do que nunca e demonstrar a criatividade, é o caso dos hipermercados e varejistas em geral que estão aproveitando os preços baixos dos fornecedores para vender mais, e até contratando mais gente e ampliando seus horizontes.
Acredito que isto seja a chave! Ampliar, investir, e não ter medo de vender para aquele comprador que durante anos manteve-se fiel e não poupou esforços para pagar certo seus fornecedores.
Um abraço a todos e que Deus esteja conosco, acredito que somente ele iluminará nossas mentes para o melhor negócio.