O mercado pecuário apresentou mais um dia sem grandes novidades nesta quarta-feira (25/6). Das 32 regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 26 registraram estabilidade nos preços. Em apenas cinco as cotações sofreram quedas: norte de Minas Gerais, oeste do Rio Grande do Sul, Cuiabá (MT), oeste do Maranhão, Redenção (PA) e Acre.
Nas praças pecuárias de Barretos e Araçatuba, referências para o mercado de São Paulo, as cotações da arroba do boi gordo e da novilha não mudaram em relação ao dia anterior, permanecendo em R$ 315 e R$ 300, respectivamente. Já o preço médio da vaca caiu R$ 2, para R$ 285 a arroba. As escalas de abates dos frigoríficos estavam, em média, para sete dias.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que, em um ano, os custos dos criadores aumentaram, mas as margens de lucros também.
Segundo o Cepea, nos 12 meses fechados em maio de 2024, o custo operacional efetivo (COE) da pecuária, que abrange apenas os insumos correntes da atividade – custo do capital investido e depreciações são calculados no Custo Operacional Total (COT) –, aumentou 11,8% para a atividade de cria e 33,1% para recria e engorda. O dado considera a “média Brasil”, que envolve 13 estados de forma ponderada conforme seus rebanhos.
Mesmo com essa elevação dos custos, o Cepea destaca que a forte valorização da arroba do boi gordo e do bezerro – especialmente entre outubro e janeiro – impulsionou as margens da pecuária. No sistema de cria, a margem por arroba produzida aumentou cerca de 80% nos 12 meses encerrados em maio.
Já nos sistemas de recria e engorda, o crescimento médio foi ainda mais expressivo: 98,5%, praticamente o dobro do observado há um ano.
Fonte: Globo Rural.